Policial Militar algema suspeito, desmaia e morre em seguida, em SP
O cabo da polícia ambiental Claudio da Silva Faber, 41, morreu após sofrer um infarto durante uma ocorrência, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, hoje. O PM havia acabado de prender um suspeito, que reagiu à abordagem, quando passou mal.
Segundo a Polícia Ambiental, Cláudio, fazia patrulhamento na Rodovia BR-101 (Rio-Santos) com um colega, quando um homem de 39 anos foi flagrado ateando fogo às margens da rodovia. A ação foi alvo da dupla por diminuir a visibilidade na rodovia e aumentar o risco de acidentes.
Ao ser questionado pelos policiais o homem, um andarilho, resistiu à abordagem, dando socos e mordendo os militares. Os agentes conseguiram contê-lo e, na sequência, o algemaram.
"Esse rapaz estava às margens da rodovia colocando fogo em alguns materiais plásticos e a fumaça já atrapalhava a visibilidade do local. Ao abordarmos, ele reagiu, estava muito agressivo, parecendo estar sob efeito de entorpecentes, e demoramos alguns minutos para conseguirmos algemá-lo", relata o cabo Michel, que estava na ocorrência com Cláudio.
Após imobilizar o suspeito, Cláudio se levantou e caminhou em direção à viatura para checar os antecedentes criminais do homem, mas, antes de chegar ao veículo, desmaiou.
Um carro da Polícia Civil, que estava próximo do local, foi usado para socorrer o militar até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de São Sebastião, mas ele não resistiu e morreu logo após dar entrada na unidade de saúde. No hospital, foi constatado que o cabo teve uma parada cardiorrespiratória.
"Ele estava normal, brincando, não havia reclamado de nenhuma dor ou desconforto", diz Michel.
Cláudio integrava a PM há 18 anos e estava há cerca de dez meses atuando na Polícia Ambiental, integrando o batalhão da cidade de Guarujá, no litoral paulista.
Apaixonado por pesca e pela família, ele era casado e deixa dois filhos, uma menina de 11 anos e um menino de cinco anos. Ainda não há informações sobre o velório do policial.
O suspeito foi levado para a delegacia e liberado após prestar depoimento.
Michel, que também participou da ocorrência, sendo agredido com dois socos e uma mordida pelo suspeito, passou por atendimento médico e foi liberado na sequência.
Em nota, a Polícia Militar do Estado de São Paulo lamentou a morte do policial e agradeceu pelos anos de serviços prestados na corporação.
"Nesse momento de dor, unimos nossos sentimentos aos da família e elevamos nossos pensamentos em Deus, rogando-lhe que, por meio de seu grande amor, possa consolar os corações e curar as feridas dessa separação", diz trecho da nota.
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