SP: promotor tem relógio roubado e encontra objeto à venda em loja de luxo
Uma operação feita pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo) em parceria com o MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais) apreendeu pelo menos 100 relógios sem comprovação de origem na Royale Watches, loja de luxo localizada no shopping Cidade Jardim, em área nobre da capital paulista na última quarta-feira.
As investigações do caso começaram no último dia 21, quando um promotor de justiça de São Paulo que teve seu relógio roubado em Osasco no começo do mês foi até a loja e encontrou o objeto, com o mesmo número de série do seu, sendo comercializado no local.
Após dias de investigações, pelo menos 14 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos dois estados. "Por se tratar de venda de objetos de luxo em shopping na área nobre da cidade, era imprescindível a adoção de medidas cautelares de urgência e diligências imediatas", justificou nota divulgada pelo MP-SP.
Agora, o Ministério Público busca as vítimas que foram roubadas para receberem de volta os relógios apreendidos na operação. Para receber os objetos, que podem valer até R$ 120 mil cada, é necessário que um Boletim de Ocorrência com os dados dos relógios sejam apresentados por e-mail, assim como cópias dos documentos de identificação e telefone dos lesados.
Em nota, o shopping Cidade Jardim afirmou que não é responsável pela fiscalização dos produtos comercializados na loja, mas disse que acompanha as investigações em andamento.
"Caso irregularidades sejam comprovadas, o shopping adotará as medidas cabíveis e rescindirá o contrato com o lojista. O Shopping Cidade Jardim não compactua e não admite práticas desleais e ilegais", afirmou o posicionamento do centro de compras.
O UOL procurou a Royale Watches e aguarda retorno da empresa sobre o assunto.
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