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Governo de SP diz que Marginal Tietê poderá ser liberada em até 2 ou 3 dias

Henrique Sales Barros, Leonardo Martins e Lucas Borges Teixeira

Do UOL, em São Paulo

02/02/2022 13h13Atualizada em 03/02/2022 17h48

O governo de São Paulo considera a possibilidade de liberar a pista central da Marginal Tietê, em São Paulo, em dois ou três dias, no melhor dos cenários. As faixas central e local estão bloqueadas no sentido Ayrton Senna, no trecho entre as pontes do Piqueri e Freguesia do Ó. O asfalto cedeu ontem (1º), na pista local, ao lado das obras da linha 6-Laranja do Metrô.

Segundo o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, tudo deverá depender da forma como a estrutura de contenção será construída no trecho —se será necessário ou não o uso de estacas. Na manhã de hoje (2), a Prefeitura de São Paulo disse considerar a reabertura em até dez dias —esse prazo leva em conta o cenário mais complexo, segundo o governo paulista.

Galli afirmou, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, ao lado do governador João Doria (PSDB), que a construtora apresentou dois cenários para "liberar rapidamente a pista da Marginal Tietê":

  • No primeiro, está prevista a colocação de estacas para a contenção da pista da marginal. "Com essa solução, levaríamos até o dia 11, e aí, entregamos essa pista central para o tráfego normal", disse o secretário.
  • No entanto, ele garantiu que ainda hoje a concessionária Acciona, responsável pelas obras do metrô, vai informar se os reparos em andamento são suficientes. Nesse caso, não haverá necessidade de estaca. "Aí teríamos uma entrega rápida da pista central da estrada, em até dois ou três dias", finalizou.

Até as 19h, entretanto, nem a Acciona nem o governo tinham divulgado os próximos passos.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), confirmou que o plano é tentar liberar as pistas "o quanto antes" e que o prazo máximo é a próxima sexta-feira (11).

"Evidentemente, parar duas pistas da marginal gera um grande transtorno para a cidade do ponto de vista da mobilidade. [Mas] a segurança é de suma importância para nós", afirmou Nunes, que também estava na coletiva na sede do governo paulista.

Segundo ele, cinco linhas de ônibus que levam 40 mil pessoas por dia passam no local.

"Ontem, estivemos com a empresa e a equipe da prefeitura junto com a CET, que identificou a possibilidade de fazermos um desvio. A gente atenderia, principalmente, a questão das linhas de ônibus e também dos motociclistas, com uma pista", afirmou o prefeito.

Análise dos reparos na marginal

A questão da instalação de estacas para contenção é, ainda, uma possibilidade e deverá ser analisada hoje. O trabalho servirá também para proteger a linha de transmissão de energia da ISA CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) que passa ali. Amanhã (3), já deverá haver uma decisão, de acordo com as autoridades.

"Estamos trabalhando com uma outra alternativa, que, se nas próximas horas, com o preenchimento da argamassa, ela seguir satisfatoriamente, essa alternativa [estacamento] poderá ser cancelada", afirmou Lúcio Matteucci, da Acciona, diretor-adjuvanto das obras da Linha 6.

Providências foram cobradas, diz Doria

Doria afirmou que já cobrou da Acciona "as providências necessárias para a retomada das obras e do tráfego na Marginal". A concessionária deve arcar com os custos do reparo —mas ainda não se sabe o valor total dessas obras.

O governo paulista afirma que a cratera surgiu depois do vazamento de uma adutora —canal para condução de água ou esgoto— da Sabesp, mas a causa do acidente ainda não foi confirmada. O governo, a concessionária, o Ministério Público e a polícia informaram que estão apurando o ocorrido.

O acidente não deixou feridos. Quatro trabalhadores tiveram contato com a água do esgoto, que inundou o local do acidente, mas foram encaminhados para avaliação médica.

Após o primeiro desmoronamento, pouco antes das 9h, a cratera seguiu aumentando. Os deslizamentos aconteceram na direção à via expressa da Marginal e ao Rio Tietê. No fim da noite de ontem, já havia ocupado três das quatro faixas da pista local.

A pista central chegou a ser liberada pela CET, companhia responsável pelo tráfego, na tarde de ontem. Mas foi fechada em menos de dez minutos sob recomendação da Defesa Civil.

A Defesa Civil disse que não é necessário evacuar a região. Na noite de ontem, o governo criou um comitê executivo para gerenciar a crise, composto pela administração estadual, a Prefeitura de São Paulo, a Sabesp e a Acciona para gerir a cratera.

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