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Tatuagens ajudam família a identificar mulher achada carbonizada no DF

Vítima estava desaparecida desde segunda-feira (16); nome de suspeito não foi revelado para não atrapalhar as investigações - Reprodução/Facebook
Vítima estava desaparecida desde segunda-feira (16); nome de suspeito não foi revelado para não atrapalhar as investigações Imagem: Reprodução/Facebook

Dyepeson Martins

Colaboração para o UOL, em Brasília

20/05/2022 13h26Atualizada em 21/05/2022 09h55

As diversas tatuagens da atendente Marina Paz Katriny, 27, foram essenciais para que familiares identificassem o corpo dela, encontrado parcialmente carbonizado e com lesões na cabeça, no Km 5 da BR-070, em Taguatinga (DF). As informações são da 17ª Delegacia de Polícia do DF, que investiga o caso.

O corpo da atendente foi visto na manhã de quarta-feira (18) por uma pessoa que passeava com o cachorro nas proximidades do local e acionou o Corpo de Bombeiros.

"É um conjunto de tatuagens que são marcantes. Ainda na quarta-feira à noite tivemos uma pré-identificação, que ficou completa ontem", explicou o delegado Mauro Aguiar, ressaltando que não serão divulgados nomes de possíveis suspeitos do crime para que as investigações não sejam comprometidas.

"Nós estamos com uma equipe destacada para esse caso específico, que é um homicídio brutal. Não comentamos nenhuma linha de investigação. (...) o corpo estava numa área de cerrado com vegetação rasteira. No local onde foi desovado havia pouca vegetação, então o corpo não queimou tanto por isso", disse o delegado.

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Marina Paz Katriny estava desaparecida desde segunda-feira (16); nome de suspeito não foi revelado para não atrapalhar as investigações
Imagem: Reprodução/Facebook

A vítima, que morava sozinha, estava desaparecida desde segunda-feira (16), quando faltou ao trabalho, relatou a amiga dela, a empresária Vanessa Bessa, 36.

"Domingo ela ainda falou com uma das irmãs dela. Quando foi na segunda ela não foi trabalhar, a mulher [chefe da vítima] ligou e aí ficaram desconfiados porque ela não faltava. Ela tinha muita responsabilidade. Então, um dia que ela faltou foi notado", afirmou ela.

Pelas redes sociais, familiares e amigos lamentaram a morte da atendente e cobraram justiça pelo crime. Em uma das publicações, a irmã de Marina escreveu: "Meu Deus é meu advogado e a prestação de contas vai chegar na hora certa, tudo no tempo de Deus. (...) Pai recebe minha irmã. Queria estar fazendo dedicatória de aniversário".

Vítima queria mudar de vida e sonhava ter um filho

Marina morava em Rio Branco, no Acre, e se mudou para o Distrito Federal em 2018, para procurar emprego e ter uma vida melhor, contou Vanessa. Segundo ela, a amiga havia sofrido um aborto espontâneo recentemente e sonhava ter um filho.

"Era uma pessoa de objetivos. Ela queria realmente só mudar de vida e ter uma coisa melhor. Era o sonho da vida dela, ter um filho, e ela tinha me dito que iria ter um filho agora", afirmou ela, acrescentando que a vítima era alegre e sem medo. "Uma pessoa verdadeira, divertida e que 'falava na lata' quando precisasse".