Mulher é suspeita de dar 'boa noite, Cinderela' para dar golpe em idosos
Uma mulher de 43 anos foi presa suspeita de dopar idosos para aplicar golpes bancários. Identificada como Maria Jucilândia, ela conquistava as vítimas em conversas online, fingindo interesse em iniciar um relacionamento. Ela foi identificada pela polícia como a responsável por crimes em três cidades paulistas: Santa Bárbara d'Oeste, Arthur Nogueira e Cajamar.
Uma das vítimas é um aposentado de 69 anos que vive no município da Grande São Paulo. Em entrevista à TV Globo, ele contou que os dois conversaram sobre as respectivas famílias e que Maria comentou que "gostava de coisa antiga, de relógios". Entre os bens apreendidos com ela estava uma coleção dos acessórios, que teriam sido furtados de suas várias vítimas.
O aposentado, que não foi identificado pela reportagem, detalhou que a suspeita foi até sua casa para que os dois se conhecessem. Já no primeiro encontro, ele foi dopado e ficou seis dias sozinho, sem conseguir levantar, até ser socorrido por um vizinho.
"Ela falou para mim se não tinha um suquinho. Peguei o maracujá e fiz o suquinho, ela pôs na xícara. Foi tomar e apagar", afirmou a vítima. "Eu estava deitado debaixo da cama, colchão pesado, e o pé da cama nas minhas costas. Por isso que eu acordava, tentava sair e não conseguia. Aí eu comecei a gritar, gritar, a voz saía baixo, mas um vizinho ouviu".
Após uma investigação ligada a várias movimentações bancárias suspeitas, Maria foi presa ontem, em Cajamar. A filha dela, de 24 anos, também foi detida, como a suposta responsável por movimentar as contas do aposentado de 69 anos, transferindo dinheiro e fazendo empréstimos.
A polícia identificou que Maria teria tentado outras táticas ao longo de sua vida no crime. Em outra ocasião, ela tentou se passar por uma agente de saúde para entrar na casa de um idoso.
O golpe só não deu certo porque os verdadeiros agentes chegaram com ela e chamaram a Polícia Militar. Na ocasião, ela chegou a ser detida, mas foi liberada logo em seguida.
Ontem, na operação para detê-la, o ex-marido da suspeita também foi preso, já que a conta pessoal do homem recebeu dinheiro de terceiros, informou a reportagem da TV Globo.
"Os encontros amorosos, claro, todos podem ter. Mas é preferível que um primeiro momento seja em um local público, em que você tenha pessoas que possam reconhecer aquela, possam gerar uma certa proteção e a partir do momento em que você tenha um certo conhecimento, saiba da índole daquela pessoa, aí sim você levá-la até sua residência", aconselhou o delegado Emílio Pernambuco, que chefia o caso.
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