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BA: Reitor anuncia expulsão de aluna por publicações racistas e é aplaudido

Do UOL, em São Paulo

21/09/2022 19h45Atualizada em 22/09/2022 08h25

Uma aluna de uma universidade em Feira de Santana (BA) foi expulsa da instituição de ensino após fazer publicações racistas nas redes sociais. O anúncio foi feito na frente de um grupo de dezenas de alunos, que aplaudiram a medida.

A discente do curso de direito usou as redes sociais para fazer uma publicação contra o ex-presidente Lula e sobre o Fies, programa de financiamento estudantil do governo federal.

"Odeio Lula porque ele inventou o Fies e colocou um monte de desgraça na minha faculdade", afirmou a estudante. Na sequência,
uma pessoa respondeu à publicação: "KKKKKKKKK um monte ** *****", e a aluna rebateu com o seguinte questionamento: "pobre ou preto?".

Após a repercussão do caso, a estudante apagou a conta dela no Twitter.

A publicação gerou protestos por parte de estudantes e a expulsão foi anunciada pelo pró-reitor da instituição na tarde de ontem.

Um vídeo publicado por alunos da instituição de ensino mostra o momento em que o representante da faculdade anuncia que a aluna não faz mais parte do quadro discente da instituição de ensino.

Publicação racista feita pela estudante nas redes sociais foi registrada por outros alunos antes da conta dela ser apagada - Reprodução de redes sociais - Reprodução de redes sociais
Publicação racista feita pela estudante nas redes sociais foi registrada por outros alunos antes da conta dela ser apagada
Imagem: Reprodução de redes sociais

"O conselho se reuniu pela manhã e pela tarde para discutir e a gente está tomando as devidas providências. A aluna não faz mais parte da instituição", afirmou o pró-reitor Gustavo Checcucci, sendo aplaudido em seguida.

O UOL tentou contato com a assessoria de imprensa da Unifan por e-mail e pelas redes sociais para saber detalhes sobre quais medidas foram tomadas sobre o caso, mas não recebeu retorno até o momento.

Nas redes sociais, a universidade publicou uma nota afirmando que tomou conhecimento da situação ontem e afirmou que "repudia toda forma de preconceito e violência contra o próximo".

O UOL também entrou em contato com a Polícia Civil da Bahia para saber se há algum inquérito aberto para investigar o caso. O órgão respondeu que, com as informações preliminares repassadas pela reportagem, nenhum registro foi encontrado.