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PF prende suspeito de atuar em ataque hacker ao site do Ministério da Saúde

Sistemas do Ministério da Saúde foram invadidos em dezembro do ano passado; dados sobre vacinas e pandemia ficaram indisponíveis - Tommaso79/Getty Images
Sistemas do Ministério da Saúde foram invadidos em dezembro do ano passado; dados sobre vacinas e pandemia ficaram indisponíveis Imagem: Tommaso79/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

19/10/2022 15h56

A Polícia Federal prendeu hoje, em Feira de Santana (BA), um brasileiro suspeito de integrar um grupo que teria participado de ataques cibernéticos a diversos órgãos públicos.

Chamada de Lapsus Group, a organização criminosa teria sido responsável pela invasão aos sistemas do Ministério da Saúde em dezembro do ano passado, quando arquivos e dados foram apagados do sistema ConecteSUS, que armazena o Certificado Nacional de Vacinação, além de dados sobre casos e mortes relacionadas à pandemia de covid-19.

Segundo a PF, esse mesmo grupo teria invadido os sistemas do Ministério da Economia, da Controladoria-Geral da União e da Polícia Rodoviária Federal. Empresas também foram afetadas, como os Correios e a locadora de automóveis Localiza.

Sistema da Saúde demorou mais de um mês para ser recuperado. Em 10 de dezembro de 2021, os sites do Ministério da Saúde e do ConecteSUS ficaram fora do ar. Nas primeiras horas do dia, uma mensagem deixada pelo grupo invasor dizia "você sofreu um ransomware" e "50 TB de dados foram copiados e excluídos".

O ransomware é um tipo de vírus que sequestra o acesso aos dados do sistema criptografando-os. Geralmente o hacker promete liberar o acesso após pagamento de um resgate.

De acordo com a pasta, o sistema só foi completamente restabelecido em 14 de janeiro deste ano.

Sites do Ministério da Saúde e do ConecteSUS saem do ar após ataque hacker - Reprodução - Reprodução
Sites do Ministério da Saúde e do ConecteSUS saíram do ar após ataque hacker
Imagem: Reprodução

Na época, um ex-funcionário do ministério disse a Tilt achar pouco provável que o apagão de dados seja resultado da ação dos hackers.

O programador, que fez parte da equipe de programação do DataSUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde), confirmou para a reportagem que a equipe trabalhou com sistemas de backup descentralizados desde o seu surgimento, em 1991. Isso significa que diversos servidores espalhados pelo Brasil possuem as mesmas cópias — o que torna as informações difíceis de serem eliminadas completamente em tão pouco tempo.