Dupla flagrada com bebê desaparecido sai da prisão com medidas cautelares
A dupla que foi flagrada com um bebê desaparecido de Santa Catarina em São Paulo foi solta da prisão e deverá cumprir medidas cautelares, como não tentar nenhum contato com a família da criança. A decisão da Justiça foi concedida no dia 26 de maio.
O que aconteceu?
Roberta Porfírio de Sousa Santos e Marcelo Valverde Valezi foram soltos por serem réus primários e por não terem ameaçado a mãe do bebê para levar a criança. O juiz considerou o histórico do caso e do casal como suficiente para que eles cumpram medidas cautelares em vez da prisão.
Ambos não podem entrar em contato com a família da criança, devem comparecer mensalmente em juízo para informar suas atividades à Justiça, não podem se ausentar da comarca sem autorização judicial e não podem mudar de endereço sem comunicar o Poder Judiciário.
Juiz ressaltou necessidade da continuidade das investigações e criticou adoção irregular: "Cuida-se, lamentavelmente, de mais um caso de tentativa de "adoção à brasileira", que sempre deve ser combativa por todas as instituições, autoridades policiais, administrativas e judiciais", diz a decisão de Marcos Correa.
Eles foram indiciados por tráfico de pessoas após serem presos com o bebê. Na ocasião, Roberta alegou que eles estavam a caminho de "regularizar" a situação da criança, que foi entregue espontaneamente pela mãe, uma mulher em situação de vulnerabilidade emocional.
Relembre o caso
O bebê de dois estava desaparecido havia oito dias quando a polícia conseguiu localizar o carro suspeito de ter levado a criança. O veículo tinha placas adulteradas e estava no nome de Roberta Porfírio.
Na abordagem da polícia em São Paulo, Roberta Porfírio apresentou um documento e disse que era a Certidão de Nascimento da criança. Também estavam no carro Marcelo Valverde e o bebê.
Roberta também afirmou que a mãe doou a criança e que eles estavam indo ao fórum regularizar a situação. Eles foram presos e tiveram o carro e celulares apreendidos.
No boletim de ocorrência, a mãe diz que entregou a criança espontaneamente, sem nenhum tipo de ameaça ou vantagem financeira. A mulher, porém, estava em estado depressivo e tentou suicídio.
A Polícia Civil de Santa Catarina descobriu que, desde o nascimento da criança, Marcelo e Roberta aliciavam a mãe para que ela lhes entregasse o bebê. A intenção era que Marcelo e a esposa, identificada como Juliana, ficassem com o bebê.
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