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Caso Marielle: 'Não tenho dúvidas de que tem mandante', diz Marcelo Freixo

Marcelo Freixo, presidente da Embratur, comandou a CPI das Milícias na Alerj em 2008 Imagem: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

24/07/2023 15h05

O ex-deputado federal e presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT-RJ), afirmou em entrevista à GloboNews que "não tem dúvidas" de que há um mandante do assassinato da ex-vereador Marielle Franco.

O que disse Freixo:

Freixo opinou que os responsáveis pela execução de Marielle "não agem por ódio". "São assassinos profissionais contratados para matar por dinheiro. Não vão quebrar isso e matar alguém que eles nem conheciam por ódio. Estamos muito mais perto dos mandantes do que em qualquer outro momento", afirmou.

Ex-deputado criticou a "falta de continuidade" dos cinco anos de investigações da execução da ex-vereadora. Ao longo das apurações, o caso teve cinco delegados responsáveis na Polícia Civil do Rio antes ser assumido pela PF.

Hoje à frente da Embratur, o ex-deputado foi presidente da CPI das Milícias, comissão da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) que se debruçou para investigar a atuação de milicianos no Rio de Janeiro, em 2008.

Uma coisa que a gente não conseguia entender era porque eles não tinham pesquisado sobre a Marielle e o grande trabalho feito pela PF e MP descobriu por onde eles pesquisaram e com alguma antecedência.
Marcelo Freixo

PF prendeu ex-bombeiro amigo de Ronnie Lessa

A PF deflagrou na manhã desta segunda-feira (24) a operação Élpis, com um mandado de prisão preventiva e sete de busca e apreensão no Rio de Janeiro. O alvo preso foi o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel e amigo de Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos tiros que mataram Marielle.

Após a operação, o ministro Flávio Dino disse que ela foi possível devido ao acordo de delação premiada de Élcio de Queiroz. Segundo o chefe da pasta da Justiça e Segurança Pública, Queiróz assumiu que participou do assassinato de Marielle com Ronnie.

Suel participou de ações de "vigilância e acompanhamento" de Marielle antes do assassinato, e depois, ajudou a encobertar o crime, disse o ministro.

Caso Marielle

A vereadora do Rio Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros, em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, no Centro do Rio.

Os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos, apontados como autores dos homicídios — o primeiro teria atirado nas vítimas, e o segundo dirigia o carro que emparelhou com o da vereadora. Eles ainda não foram julgados, mas passarão por júri popular, em data ainda a ser definida pela Justiça do Rio.

Ainda não há sinalização sobre quem foi o mandante do crime. O primeiro inquérito, que concluiu a participação de Lessa e Queiroz, não conseguiu definir se eles agiram sozinhos ou a mando de alguém.

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