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ONS reduz carga de sistema elétrico para garantir fornecimento de energia

Apagão nacional afeta ao menos 15 estados e o DF nesta terça-feira (15) Imagem: Pixabay

18/08/2023 03h10Atualizada em 18/08/2023 03h10

As informações constam no Informe Preliminar de Interrupção de Energia no Sistema Interligado Nacional, primeiro documento divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) depois da ocorrência do apagão e que servirá como base para o diagnóstico final.

O que aconteceu:

Após o apagão da última terça-feira (15) que atingiu 25 estados e o Distrito Federal, o ONS informou ter reduzido carregamento das linhas de transmissão e adiado manutenções programadas como forma de garantir o fornecimento de energia.

"No momento, o sistema está sendo operado em condições mais conservadoras para garantir a segurança do atendimento conforme previsto nos Procedimentos de Rede", diz o informe divulgado nesta quinta-feira (17).

Segundo o operador, o relatório que irá detalhar as causas da interrupção de energia será concluído em 45 dias úteis.

No dia 25 de agosto, está marcada a primeira reunião, com participação do ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e agentes do setor, para avaliar as informações apuradas até o momento.

Linha da Eletrobras desligou antes de apagão

A Eletrobras informou que identificou o desligamento da linha de transmissão 500kV Quixadá-Fortaleza por atuação indevida do sistema de proteção milissegundos antes do apagão que atingiu 25 estados e o Distrito Federal.

A Eletrobras avaliou que o desligamento da citada linha de transmissão, de forma isolada, não seria suficiente para a abrangência e repercussão sistêmica do ocorrido.

Segundo a empresa, as redes de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN) são planejadas para que em caso de desligamento de qualquer componente, o sistema deve ser capaz de permanecer operando sem interrupção do fornecimento de energia.

Em nota, a Eletrobras avaliou "que a manutenção dessa linha de transmissão está em conformidade com as normas técnicas associadas".

A empresa assegura que continua colaborando para a identificação das causas do apagão e dos motivos que levaram aos desligamentos ocorridos no SIN, sob a coordenação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Na terça-feira, uma queda de energia atingiu todas as regiões do país. O Norte e o Nordeste foram os mais prejudicados e a normalização do sistema elétrico demorou mais nos estados dessas regiões do que nas outras partes do país.

ONS não acha causa do apagão

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que o ONS não apontou qual foi a falha que causou o apagão. Silveira esteve reunido ao longo do dia com representantes do ONS. Mais cedo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que houve "erro técnico".

O ministro classificou a investigação da Polícia Federal como "extremamente necessária" após o ONS (Operador Nacional do Sistema) não encontrar as falhas técnicas que ocasionaram o apagão.

Ele também disse que pediu todo "rigor" e celeridade da PF na investigação. "Eu gostaria de compreender diferente, mas, mais do que nunca, eu acho que é extremamente necessária a participação muito ativa da Polícia Federal nesse caso, já que a ONS não teve como apontar uma falha técnica que pudesse causar um evento com a dimensão que teve a paralisação da energia no país", pontuou.

Silveira informou que foi detectado um problema no sistema da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco), subsidiária da Eletrobras, em Quixadá, no Ceará. Mas ponderou que o evento sozinho não seria capaz de derrubar o sistema. "Esse evento isoladamente não causaria interrupção tão grave", disse o ministro à imprensa na porta do ministério.

A partir desse evento, considerado de pequena magnitude, segundo o governo, ocorreram outras falhas no sistema que ainda serão apuradas. "A Chesf admitiu o erro que não protegeu o sistema adequadamente nessa linha de transmissão [de Quixadá]", completou.

O ministro explicou que a Eletrobras apresentou um documento garantindo que o erro já foi corrigido no Ceará e disse que é provável que um outro apagão não volte a acontecer. "Vamos continuar atentos como sempre, mobilizados como sempre, porque é um setor extremamente sensível".

Com informações da Agência Brasil.

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