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'Recebeu 1º salário semana passada', diz tia de aluna morta em ataque em SP

Giovanna Bezerra, 17, foi morta em ataque a escola estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo Imagem: Reprodução/Instagram/@gih.b_siiilva

Do UOL, em São Paulo

23/10/2023 16h36Atualizada em 23/10/2023 16h43

Vítima do ataque a uma escola em Sapopemba, na zona leste de São Paulo, Giovanna Bezerra tinha começado a trabalhar há poucos dias e recebeu o primeiro salário esta semana, de acordo com Carla Bezerra, sua tia.

O que aconteceu

O emprego era na área de administração. Segundo a tia, a estudante de 17 anos estava no terceiro ano do ensino médio e fazia curso na mesma área.

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Ela recebeu o primeiro salário na semana passada. Ganhou 200 reais e deu tudo à mãe.
Carla Bezerra, tia de Giovanna Bezerra

Mais cedo, à rádio CBN, a avó de Giovanna havia contado que a jovem disse que queria estudar mais. "Ela estudava de manhã e tinha começado a fazer um curso", afirmou Luzia de Carvalho Silva.

Também relatou que "há muito tempo estão falando que tava tendo ameaça" na escola que a neta frequentava.

"Ela odiava injustiça", disse tia sobre Giovanna. Ela afirmou que a família da vítima não conhecia o adolescente apontado pela polícia como autor do crime — por isso, não pode falar nada sobre ele.

O sepultamento acontece amanhã, no Cemitério Curuçá.

O ataque à escola da zona leste

Um aluno de 16 anos do primeiro ano do ensino médio é apontado pela polícia como sendo o autor do ataque. Ele foi apreendido usando o uniforme da escola.

Todas as vítimas baleadas são mulheres. Giovanna foi atingida na cabeça e não resistiu aos ferimentos. As outras duas têm quadro estável e não correm risco de morte. As informações foram passadas pela PM ao UOL.

Em entrevista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que as ações do governo estadual precisam ser revistas para que novos ataques a escolas não voltem a acontecer.

Antes, o governo estadual havia informado que "a prioridade nesse momento é o atendimento às vítimas e o apoio psicológico aos alunos, profissionais de educação e familiares".

É hora de e rever, de voltar, de rever tudo que a gente está fazendo para que a gente evite novas ocorrências, né? A gente não pode deixar que esse tipo de coisa aconteça. A escola tem que ser um local seguro, a escola tem que ser um local de convivência.
Tarcísio de Freitas, governador

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