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CPI convoca presidente interino da Enel Brasil para depor na semana que vem

Guilherme Gomes Lencastre, presidente interino da Enel Brasil Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

29/11/2023 14h17

A CPI da Enel na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) aprovou hoje a convocação para que o presidente interino da Enel Brasil, Guilherme Gomes Lencastre, compareça à comissão para depor.

O que aconteceu

Lencastre assumiu interinamente a Enel na última sexta-feira (24). Em audiência de hoje na CPI, os deputados aprovaram a convocação do executivo, que será interrogado pelos parlamentares no dia 7 de dezembro.

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Em meio a pressão após um grande apagão em São Paulo, Lencastre substituiu o antigo presidente, Nicola Cotugno. Oficialmente, a Enel diz que ele deixou o posto no último dia 22 em razão de sua aposentadoria. Cotugno chegou a depor na CPI, quando pediu desculpas pelo apagão que no começo do mês deixou 2,1 milhões pessoas sem luz.

Lencastre assumiu o posto até que o presidente escolhido para assumir a companhia —Antonio Scala— seja efetivado. A data ainda não foi decidida.

Apesar da aposentadoria, Cotugno pode ser proibido de deixar o Brasil. É o que pretende a relatora da CPI, deputada Carla Morando (PSDB), que ontem pediu à Procuradoria-Geral de Justiça que retenha seu passaporte e bloqueie suas contas.

Independentemente de ser presidente ou não [da Enel], ele não irá se isentar de todas as responsabilidades que causou durante esse período em que esteve no comando [da empresa].
Carla Morando, relatora da CPI

Procurada, a Enel Brasil não se manifestou sobre a convocação do presidente interino.

Indenização aos afetados do apagão

Presidente da Enel São Paulo prometeu um plano para indenizar afetados. Hoje quem falou à CPI foi o presidente da Enel São Paulo, Max Xavier Lins. Pressionado pelos membros da comissão, Lins reforçou promessa anterior de apresentar uma proposta de ressarcimento aos afetados pelo apagão.

Ele apresentará a proposta até a semana que vem. Lins afirmou que a decisão é "liberalidade da companhia" porque o ressarcimento não estaria previsto em contrato. "Os termos [da proposta] ainda não foram definidos."

Tem o meu compromisso pessoal, como presidente da companhia, que até 6 de dezembro divulgaremos qual é a nossa proposta de ressarcimento.
Max Xavier Lins, presidente da Enel SP

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