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Mina em Maceió: Famílias abrigadas em escola serão transferidas

Ruínas em área próxima à mina 18 da Braskem, em Maceió Imagem: Jean Albuquerque/UOL

Do UOL, em São Paulo

04/12/2023 18h15

As famílias afetas pelo risco de colapso da mina 18 da Braskem, em Maceió, e que estão abrigadas em uma escola da capital serão levadas para a Casa de Passagem Familiar.

O que aconteceu

As três famílias, totalizando 15 pessoas, serão transferidas da Escola Municipal Doutor Pompeu Sarmento, no Barro Duro, para Casa de Passagem Familiar, no bairro do Jaraguá.

A mudança será feita na noite desta segunda-feira (4), segundo a prefeitura, para "um espaço com mais conforto e privacidade para os abrigados".

Cerca de 100 moradores dos bairros do Bom Parto e Flexal foram abrigadas na Escola Pompeu Sarmento ente o último dia 29 de novembro e hoje. No entanto, a maioria decidiu não permanecer no abrigo e ir para a casa de parentes e amigos.

Os demais abrigos serão desativados devido à baixa procura e ao retorno das aulas, conforme informou a prefeitura. "Mas será mantida a estrutura de funcionamento, caso haja a necessidade de receber outras famílias", explica a nota.

A transferência das pessoas para os abrigos provisórios é realizada pela Defesa Civil de Maceió, que pode ser acionada pelo telefone 199.

Vista geral da região que engloba os bairros Pinheiro, Mutange, Bom Parto e Bebedouro, em Maceió, no estado de Alagoas, onde os moradores tiveram que deixar suas casas devido a instabilidade do solo causada pela extração da sal-gema pela Braskem Imagem: PEI FON - 4.nov.2020/ESTADÃO CONTEÚDO

Entenda o caso

O afundamento do solo acontece em área onde houve extração de sal-gema, um cloreto de sódio que é utilizado para produzir soda cáustica e PVC.

A Braskem possui 35 minas na região. A exploração de sal-gema na área começou na década de 1970 e foi encerrada em 2019.

A capital alagoana decretou estado de emergência. O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), permitiu que a Prefeitura de Maceió faça um empréstimo de US$ 40 milhões.

A Braskem nunca assumiu oficialmente a responsabilidade pelo afundamento de cinco bairros em Maceió, segundo o Ministério Público Estadual. Até agora, mais de 15 mil imóveis foram desocupados — expulsando 60 mil moradores de suas casas.

A empresa já afirmou que sua prioridade é a "segurança das pessoas". "Por isso, vem adotando todas as medidas necessárias para mitigar, compensar ou reparar impactos decorrentes da desocupação de imóveis nos bairros de Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro, Mutange e Farol", diz texto enviado à reportagem.

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