Atacado por mais de 70 abelhas: 'Vivi cena de terror e só pensava na morte'
Jéssica Nascimento
Colaboração ao UOL, de Brasília
20/12/2023 04h00
João Batista, de 49 anos, foi atacado por mais de 70 abelhas enquanto trabalhava, em Anápolis (GO). O caso aconteceu no dia 8 de dezembro. O servente de pedreiro contou ao UOL que ficou desesperado e achou que iria morrer. "A dor era simplesmente absurda", disse.
O ataque
O servente de pedreiro trabalhava em uma obra que fica a 150 metros de distância de um poste de energia elétrica, onde o enxame estava instalado. Ele conta que o ataque começou minutos após chegar no local.
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Parecia um dia comum de trabalho, sabe? Cheguei na obra e comecei a trabalhar. Não tinha visto nenhuma abelha por lá. Não demorou muito tempo para eu sentir as primeiras ferroadas e depois a situação ficou insustentável. Não tinha como me defender, eram muitas abelhas e elas só me picavam na cabeça, pescoço e braço. Eu só pensava na morte. João Batista, de 49 anos.
As câmeras de segurança mostram João Batista tentando dispersar as abelhas. Ele encosta em um freezer, que está localizado ao lado de uma farmácia. Depois, um homem joga um balde com água na tentativa de interromper o ataque das abelhas.
Em outra imagem também é possível observar que um outro homem, com um pano, tenta tirar as abelhas da cabeça e do pescoço do servente de pedreiro, mas sem sucesso.
Eu nunca tinha sido picado e, de repente, estava recebendo mais de 70 ferroadas. Elas eram rápidas, só conseguia ouvir o barulho e o vulto delas passando pela minha cabeça e meu pescoço também. Vivi uma cena de terror, com certeza. Olhava para cima e só enxergava aquele enxame enorme. A dor era tanta que eu também não conseguia pensar em muita coisa.
Socorrido pelo Corpo de Bombeiros, João foi levado ao Hospital Alfredo Abrahão e liberado após atendimento. Segundo ele, o médico encontrou mais de 70 ferrões em seu corpo.
"Estou me cuidando em casa, tomando alguns medicamentos e de repouso, já que algumas partes do meu corpo ainda estão muito inchadas, principalmente no meu rosto. Acho que nunca vi tantos ferrões na minha vida. O médico tirou ainda no hospital e o procedimento parecia uma eternidade", relembra João.
Cuidados
Embora sejam comuns ao longo do ano, os ataques de abelhas aumentam significativamente durante a primavera e o verão, quando esses insetos se tornam mais agitados e agressivos devido ao calor.
A preocupação com enxames ou colmeias de abelhas é justificada, pois em caso de ataque, especialmente para alérgicos, a quantidade de picadas pode ser fatal.
"Seja em um enxame, com abelhas migratórias em deslocamento, ou em uma colmeia fixa, a principal medida de segurança é se afastar e chamar o Corpo de Bombeiros. Realizamos a inspeção e eliminação do inseto. Em muitos casos, apicultores são chamados para remover as abelhas e levá-las para um local adequado na natureza", reforça a sargento Silvia Leticia, do Corpo de Bombeiros de Goiás.