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Família achada morta em canavial tentou ligar para 190, diz polícia

Simone Machado

Colaboração para o UOL, em São José do Rio Preto (SP)

03/01/2024 04h00

A família de Olímpia (SP) encontrada morta em um canavial no dia 1º tentou ligar para o 190 antes de ser morta. A informação foi divulgada pela Polícia Civil na tarde desta terça-feira (2).

O que aconteceu

Chamada partiu do celular da filha do casal. Durante a investigação, foi detectada uma tentativa de contato com o 190 feita do telefone de Isabelly Tofalete Marinho, de 15 anos.

A tentativa de ligação foi registrada às 14h10 de quinta-feira (28), data em que a família desapareceu. Segundo o registro obtido pela Polícia Civil, a chamada não chegou a ser completada.

Celulares das vítimas ainda não foram localizados. Os telefones do mecânico Anderson Givago Marinho, 35, da esposa Mirele Regina Beraldo Tofalete, 32, e da adolescente ainda não foram encontrados pela polícia.

O que se sabe sobre o crime

A família foi encontrada após quatro dias. Anderson, a esposa e a filha do casal saíram às 13h de Olímpia com destino a São José do Rio Preto para almoçar e comemorar o aniversário de Mirele no dia 28. O trajeto de 50 km dura pouco mais de 40 minutos.

Anderson e Mirele pararam de responder e visualizar as mensagens de amigos e familiares às 14h. Não se sabe se eles realmente chegaram a passar por Rio Preto.

Votuporanga, onde os corpos foram encontrados, fica a 80 km de São José do Rio Preto. O carro passou por radar em Mirassol, a 15 km de Rio Preto, cidade que não fazia parte do trajeto que a família percorreria.

O automóvel, que estava no meio de um canavial, foi encontrado por um ciclista. Ele acionou a Polícia Militar.

A família foi morta com tiros de pistola 9 milímetros. Havia marcas de disparos na porta, para-brisa e vidro do carro deles. As informações constam no Boletim de Ocorrência.

O corpo de Anderson foi achado a cerca de 15 m do veículo. O carro estava em uma estrada de terra que dá acesso ao bairro Cruzeiro.

O corpo de Mirele estava no banco do passageiro e o da filha no banco de trás do automóvel. A mulher usava o cinto de segurança quando foi morta.

Ao UOL, o delegado Everson Contelli informou hoje que uma perícia constatou que objetos pessoais das vítimas não foram roubados. Entre os bens encontrados, estão a bolsa de Mirele com carteira e documentos. Sobre os celulares, a polícia crê que os aparelhos não tenham sido roubados, mas descartados para ocultar possíveis pistas.

Até o momento ninguém foi preso e a motivação do crime não foi esclarecida.

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