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Helicóptero desaparecido: Irmã de passageiro tem esperança de achá-lo vivo

Raphael Torres, de 41 anos, é passageiro do helicóptero que desapareceu em SP Imagem: Reprodução/Arquivo Pessoal

Do UOL, em São Paulo

03/01/2024 13h25Atualizada em 03/01/2024 13h53

A família de um dos passageiros do helicóptero que desapareceu a caminho de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, diz que mantém a esperança de encontrá-lo vivo.

O que aconteceu

A irmã de Raphael Torres, Herika Torres, disse acreditar que o helicóptero tenha feito um pouso de emergência. A FAB (Força Aérea Brasileira) e a Polícia Militar de São Paulo entraram no terceiro dia de buscas pela aeronave nesta quarta-feira (3).

"A gente não sabe se foi um acidente, ou um pouso. É diferente o helicóptero cair e o helicóptero ter que fazer um pouso forçado. Então como a gente não sabe, o não saber nos dá o benefício da dúvida, o benefício da esperança de tê-los vivos. Então é essa a expectativa da família", disse Herika.

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Raphael Torres, de 41 anos, é empresário do ramo de medicamentos e passaria a virada do Ano em Ilhabela. "Não dá para saber o que de fato aconteceu, mas a intenção era essa, passar um Ano Novo lá em Ilhabela, ter um momento feliz", disse.

Além de Raphael, estavam a bordo da aeronave a amiga dele Luciana Rodzewics, 46 anos, e a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20 anos. Foi Raphael quem as convidou para o passeio bate e volta, segundo Silvia Santos, irmã de Luciana.

Herika disse que a família soube do desaparecimento pela imprensa. Assim que soube do incidente, a família foi até o aeroporto Campo de Marte e acompanha as buscas em contato com as forças de segurança.

"Nós fomos até o Campo de Marte, e pegamos o contato pessoal, de algumas pessoas da polícia, de algumas pessoas do hangar. E é com eles que a gente está em contato diariamente. A gente está falando direto com as pessoas que estão realmente na linha de frente", explicou.

A irmã de Raphael também contou que ele já conhecia o piloto Cassiano Tete Teodoro, e era amigo das outras duas passageiras. "Eu não sei o grau de intimidade que eles tinham, mas não foi um piloto que ele conheceu ali no momento", explicou Herika Torres.

"E ele era amigo da Luciana há algum tempo. É por isso que ela se sentiu confortável, inclusive, de levar a filha para ir. Era um passeio comum", conta.

O helicóptero modelo Robinson R44 desapareceu na véspera do Réveillon. A aeronave saiu do aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Ilhabela, no litoral paulista. De acordo com a PM, o helicóptero decolou às 13h15 e fez o último contato às 15h10.

Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20 anos, e a mãe dela, Luciana Rodzewics, 46 anos, são passageiras do helicóptero Imagem: Reprodução/Arquivo Pessoal

Passageiras gravaram vídeos com céu nublado

Luciana gravou um vídeo mostrando a decolagem e início do voo, ainda em São Paulo. As imagens foram compartilhadas nas redes sociais dela.

Letícia também gravou um vídeo mostrando o mau tempo. Ela enviou a imagem e mensagens ao namorado por volta de 14 horas do dia 31 de dezembro relatando que estava "perigoso", com "muita neblina" e que, por isso, voltariam para a capital.

Letícia mandou mensagens ao namorado e disse que a aeronave fez um pouso de emergência. Mensagens às quais o UOL teve acesso mostram que ele questionou onde o helicóptero estava, ao que a jovem respondeu: "Sei lá, amor. Tô parada no meio do mato."

"Tempo ruim. Não dá para passar. Pousamos no meio do mato", escreveu Letícia.

De acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave estava regular para voos. Contudo, a operação para táxi aéreo estava negada.

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