Americanas é condenada após funcionário acusar criança de furtar brinquedo
Do UOL, em São Paulo
30/01/2024 21h40Atualizada em 30/01/2024 21h47
A Americanas foi condenada a pagar R$ 10 mil após um funcionário de uma unidade em Fortaleza (CE) acusar uma criança de cinco anos de furtar um brinquedo.
O que aconteceu
Condenação foi mantida pela 1ª Câmara de Direito Privado do TJ-CE (Tribunal de Justiça do Ceará) no último dia 24. A condenação já havia sido imposta à empresa em 2022.
A Americanas argumentou no recurso que a mãe do menino não havia comprovado conduta excessiva do funcionário. A empresa também considerou o valor da indenização desproporcional.
O caso aconteceu em novembro de 2018. Quando a mulher estava deixando a loja, acompanhada dos dois filhos menores de idade, foi abordada por um funcionário.
Funcionário disse que item pertencia à loja. Ele afirmou que o brinquedo que estava nas mãos do menino de cinco anos de idade não havia sido pago, segundo o processo.
A mãe da criança disse que o brinquedo havia sido comprado em outro estabelecimento. Ela afirmou que tinha a nota fiscal para comprovar o pagamento de R$ 9,99. Porém, o funcionário teria continuado a acusar o garoto.
O funcionário da Americanas ainda teria puxado o menino pela camisa e arrancado o brinquedo das mãos da criança. A mãe ligou para a Polícia Militar, e foi orientada a denunciar na delegacia mais próxima.
Americanas nega
A rede de lojas negou, durante o processo, que o funcionário tivesse constrangido a família. A empresa também afirmou que não havia provas dos fatos narrados pela mãe e nem dos prejuízos que o caso teria gerado.
A empresa disse que o funcionário teria solicitado a nota fiscal do produto "de maneira educada e cordial". A Americanas também disse que o funcionário não tocou na criança ou sequer dirigiu a palavra ao menino.
O UOL tenta contato com a Americanas sobre a decisão. Caso haja resposta, o texto será atualizado.