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Casal vira réu em processo sobre morte de homem e mulher degolados em SP

Jimmy Pereira da Silva e Caroline Batista Froes foram encontrados mortos em Birigui (SP) Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

31/01/2024 21h41

A Justiça de São Paulo tornou réu o casal acusado de matar dois jovens encontrados degolados em Birigui (SP). O crime ocorreu em novembro de 2023.

O que aconteceu

Denúncia oferecida pelo Ministério Público de São Paulo foi recebida pelo Tribunal de Justiça do estado. As vítimas, Jimmy Pereira da Silva, 21, e Caroline Batista, 22, foram degoladas. Os corpos foram localizados pela polícia enrolados em lençóis, na casa onde residiam os suspeitos, na manhã de 23 de novembro de 2023.

A denúncia diz que os réus devem responder pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, por duas vezes. Os acusados são Kathlen da Silva Ferreira, 24, presa em Birigui no dia 27 de novembro, e Washington Elias Relíquias de Souza Sarmento, 29, encontrado no Paraguai no dia 1º de dezembro. Ela é companheira de Washington, e é investigada por participar da morte dos jovens.

O advogado André Doná, que representa Kathlen, afirmou que ela nega participação no crime. Mas, para o delegado responsável pelo caso, Eduardo Lima de Paula, a dinâmica dos elementos encontrados no local do crime, somado ao fato das vítimas não apresentarem ferimentos típicos de defesa, corroboraram a conclusão de que ela participou do crime.

A defesa de Kathlen esclareceu que já ingressou com um novo pedido de habeas corpus no TJSP. "A prisão não se faz necessária, podendo a mesma aguardar em liberdade o deslinde do processo", disse Doná em nota enviada ao UOL.

O UOL não localizou a defesa de Washington. O espaço segue aberto para manifestação.

A defesa de forma alguma concorda com o relatório da Polícia Civil, pois há apenas suposições de sua participação, o que ela nega, e tal fato é confirmado pelo acusado Washington. Por fim, aguardamos a manifestação do Ministério Público para saber se haverá denúncia contra Kathen e qual crime a mesma responderá, para assim realizar toda a defesa da mesma.
André Doná, advogado

Relembre o caso

Os corpos de Jimmy Pereira da Silva e de Caroline Batista foram encontrados no dia 23 de novembro. Vítimas estavam sem roupas, enrolados em lençóis e com ferimentos profundos na região frontal do pescoço. O homem também tinha marcas de facadas no peito.

Eles foram encontradas no bairro Parque das Nações.

A Polícia Militar foi acionada para a ocorrência por uma mulher, que se apresentou como a irmã do suspeito de cometer o crime. Ele telefonou para ela e confessado os assassinatos.

Ao chegar na residência, os agentes encontraram dois corpos, um do lado do outro. As vítimas não moravam na casa onde foram achadas.

A polícia também encontrou roupas sujas de sangue pelo imóvel.

Dinâmica do crime

Kathlen da Silva Ferreira explicou que o crime teria sido cometido na manhã do dia 22 de novembro.

Em depoimento, ela negou ser a autora das facadas. A mulher também disse que não colaborou com a ocultação dos corpos, informou ao UOL o delegado Eduardo Lima de Paula.

A mulher e o marido fugiram para o Paraguai após o crime. O companheiro teria pedido ajuda financeira de familiares. A investigada confessou, em depoimento à Polícia Civil, que aceitou fugir com o companheiro por ficar em estado de choque após o crime.

Apesar da fuga, ela contou que teria decidido voltar para Birigui com objetivo de prestar depoimento à polícia.

A mulher relatou que Jimmy Pereira teria tentado fazer sexo com ela enquanto dormia. Na versão dita à polícia, o companheiro dela tentou defendê-la e teria entrado em luta corporal com Jimmy. Em seguida, ele teria matado o jovem de 21 anos.

A outra vítima, Caroline Batista, teria acordado e presenciado o crime. Ela ameaçou chamar a polícia. Por isso, Washington também a teria matado.

A investigada esclareceu que o seu companheiro e Jimmy eram apenas conhecidos. "Se encontraram em um barzinho na terça, dia 21 de novembro, e ele [Jimmy] pediu para pernoitar na casa do amigo para ficar com a Caroline. O suspeito teria concordado. Lá teriam usado drogas e bebido juntos", contou o delegado.

O delegado explicou que, em relação à cronologia dos fatos, a versão da indiciada corroborou com as investigações já desenvolvidas. "A dinâmica dos fatos será esclarecida no decorrer das investigações e com a juntada de novos elementos probatórios e laudos periciais".

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