PMs são presos suspeitos de morte de policial no RJ; vítima era monitorada
Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro
07/02/2024 17h14Atualizada em 07/02/2024 21h55
Dois policiais militares foram presos, nesta quarta-feira (7), suspeitos de envolvimento na morte da policial Vaneza Lobão, de 31 anos, em novembro do ano passado, no Rio de Janeiro. Ela atuava na investigação de milícias.
O que aconteceu
Os suspeitos monitoravam a vítima e o endereço onde ela morava, segundo a polícia.
Os policiais eram do 27º e do 31º batalhão. Eles foram presos no local de trabalho, na zona oeste do Rio. Um deles chegou a trabalhar na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, onde Vaneza atuava.
O inquérito instaurado na época do crime segue em andamento, informou a Polícia Militar: "A corporação, através de sua área correcional, segue colaborando integralmente com a continuidade das investigações".
A PM repudiou o episódio. "O comando da corporação não compactua com o cometimento de crimes ou desvios de conduta por parte de seus entes, punindo com contundente rigor os envolvidos quando constatados os fatos".
Vaneza Lobão, que atuou por apenas um ano e meio no setor que investigava milícias, foi condecorada por "lealdade". Neste período, concluiu um curso para cabo com nota 10.
Relembre o caso
A policial militar foi alvo de uma emboscada na porta de casa, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. No momento do ataque, ela saía de casa com a esposa.
A área em que Vaneza morava é dominada pela milícia de Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho. A milícia é considerada o maior grupo paramilitar do Rio.
A quadrilha é uma das investigadas pela unidade onde a cabo trabalhava. À época, o governador Cláudio Castro (PL) disse que a principal linha de investigação é que ela tenha sido alvo de um atentado organizado por milicianos.
No local do crime foi encontrado um estojo de pistola no calibre .40. O lote da munição foi adquirido pela Polícia Militar em 2009.