Suspeito de atirar e matar mulher trans após festa é preso em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
18/04/2024 22h04Atualizada em 18/04/2024 22h22
A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta quinta-feira (18) o homem suspeito de matar Daniele Miranda Alves, de 21 anos, após a saída de uma festa na Estrada de Itapecerica, na zona sul de São Paulo.
O que aconteceu
No início da noite, o suspeito de 25 anos estava sendo levado à delegacia para ser interrogado. O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), responsável pela investigação, continua apurando o caso, informou a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo.
Polícia Civil espera que o suspeito preso passe outras informações sobre o caso. A delegada Ivalda Aleixo, chefe do DHPP, disse ao Brasil Urgente (TV Bandeirantes) que espera saber a real motivação. "A gente não tem dúvidas de que foi ele que atirou", declarou.
Com a motivação, a Polícia Civil poderá definir qual o enquadramento do crime, já que uma das linhas de investigação seria transfobia. Daniele era uma mulher transsexual.
Outro suspeito de envolvimento na morte de Daniele, apontado como motorista do veículo usado na ação, já havia sido preso no último dia 13. O homem de 23 anos se recusou a falar às autoridades, revelou Aleixo à emissora. O carro usado pela dupla foi localizado pela Polícia Militar no Capão Redondo, na zona sul de São Paulo.
Como o nome dos presos não foi divulgado, o UOL não conseguiu entrar em contato com as defesas para pedidos de posicionamentos. O espaço segue aberto para manifestação.
Relembre o caso
Daniele Miranda Alves e uma amiga brigaram com um grupo de homens na calçada. Câmeras de segurança gravaram o crime, ocorrido no último dia 13 de abril.
Imagens mostram que elas trocam socos e chutes com o grupo. Elas deixam o local a pé, mas são perseguidas por um carro vermelho sem placa.
A pessoa que estava no banco do passageiro atira várias vezes. No vídeo, é possível ver que o atirador coloca o braço para fora do carro e dispara na direção das amigas.
Daniele foi atingida pelos disparos. Mesmo ferida, ela entra no estacionamento de um estabelecimento e anda alguns metros antes de cair no chão. Ela morreu no local.
A amiga dela conseguiu correr na direção contrária do carro e não se feriu. Ela também é uma mulher trans.