Polícia acha 'fábrica' de cachaça artesanal dentro do maior presídio de MT
A Polícia Civil de Mato Grosso descobriu uma "fábrica" de cachaça artesanal que funcionava dentro de uma cela do maior presídio do estado.
O que aconteceu
A destilaria foi descoberta na Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, na terça-feira (23). Segundo informações da própria polícia, os agentes localizaram o espaço durante a Operação Alcatraz, que cumpriu seis mandados de busca e apreensão dentro do presídio contra lideranças de uma facção criminosa que já estão presas.
No local, foram achadas garrafas organizadas para a fabricação de um tipo de cachaça conhecida como "choca". Para confeccionar o produto, os detentos usavam restos de comida e pão para fermentação e misturavam com água. A fermentação era feita dentro de sacos de lixo.
Outros itens foram apreendidos. Além de desmantelar a "fábrica" e apreender quatro litros já prontos da bebida alcóolica, os agentes também apreenderam 13 celulares, diversos carregadores, porções de maconha e cocaína, cadernos de anotações e um mapa da cidade, entre outros objetos que estavam com os presos.
Alvos de operação são apontados como integrantes de organização criminosa. Ainda de acordo com a Polícia Civil de Mato Grosso, os detentos, que atualmente cumprem pena na penitenciária, são apontados como lideranças de grupos criminosos e autores intelectuais de diversos crimes, como homicídios. Há ainda suspeitos de fomentarem uma disputa pelo domínio do tráfico de drogas na cidade de Cáceres.
Detentos passavam orientações de dentro do presídio. Segundo a investigação, os suspeitos usavam os aparelhos eletrônicos para repassar ordens a seus comparsas para determinar a prática dos crimes no estado, entre os quais a execução de pessoas e atentados à bomba em um estabelecimento comercial de Cáceres.
Como os presos não tiveram suas identidades divulgadas, não foi possível localizar suas defesas. O espaço segue aberto para manifestação.
5 comentários
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Raimundo Manoel de Carvalho
Não pode ser verdade isso. Se for verdade pode entregar as chaves para os presos.
Júlio Shiogi Honjo
Empreendedorismo, então devem ser elogiados.
João Luís Nery
Pelo menos os detentos estavam trabalhando e fazendo algo de útil. Aliás, detento tinha mais é que trabalhar para pagar a despesa que gera.