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Mulher que vive em McDonald's critica preconceito dos moradores do Leblon

Bruna Moratori, de 31 anos, que mora no McDonald's do Leblon Imagem: Reprodução/YouTube/Fala Guerreiro Cast
Thiago Bomfim e Daniele Dutra

Do UOL, em São Paulo e Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

03/05/2024 14h38Atualizada em 03/05/2024 18h09

Bruna Moratori, de 31 anos, que mora há um mês com a mãe em um McDonald's no Leblon, no Rio de Janeiro, afirmou que "não vê como problema" o que faz na lanchonete. Ela deu entrevista ao podcast Fala, Guerreiro.

O que aconteceu

Moradora de McDonald's do Leblon vê "implicância e preconceito de moradores contra ela". Em entrevista ao podcast "Fala, Guerreiro!", Bruna afirmou que gosta de morar no McDonald's, mas que a situação é temporária. "Não era um problema. Virou problema quando virou matéria", disse Moratori.

Mulher tentou trabalhar na lanchonete, mas diz que "não deu certo". Ela contou que se mantinha com ajuda financeira de seu pai e economias próprias, além da ajuda de amigos. Banho, por exemplo, era na casa de uma amiga que mora na região. "Melhor do que ficar pagando", diz.

Bruna diz que decisão de se afastar do trabalho foi dela. Ela não conta com que trabalhava, mas que tudo se resolveria assim que ela "arranjasse um quitinete ou um apartamento de um quarto".

Gerente teria oferecido vaga no McDonald's a ela. Bruna conta que o gerente do local a viu conversando em inglês com um estrangeiro no local, e ofereceu que ela trabalhasse na lanchonete. Ela recusou, mas diz que "hoje aceitaria".

Funcionários não teriam se incomodado com presença das mulheres, diz Bruna. Eles teriam dito que se solidarizavam com situação delas e que, enquanto elas consumissem, podiam ficar na lanchonete.

Mulher nega que lhe ofereceram ajuda. Entretanto, a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura do Rio esteve no local nos dias 10 e 16 de março e disse que as mulheres não se sentem em situação de vulnerabilidade e nem quiseram receber ajuda. "Apesar de terem oferecido vagas em abrigos e outros serviços disponíveis na rede de apoio socioassistencial, elas recusaram prontamente", diz a nota.

Rotina envolvia guardar mesas e cochilos. Segundo Bruna, ela e a mãe não dormiam, mas "cochilavam". Por volta das cinco horas da manhã, o restaurante fecha e as mulheres tinham de aguardar do lado de fora até as 10h da manhã, quando a equipe acaba a limpeza do estabelecimento.

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