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Paciência e 'gambiarra' em ponte: os obstáculos na Serra Gaúcha após chuvas

Luís Adorno e Marcelo Ferraz

Do UOL, em Passo Fundo, Dois Lajeados e Vespasiano Corrêa (RS)

15/05/2024 12h59Atualizada em 15/05/2024 12h59

Quem chega ao Rio Grande do Sul pelo aeroporto de Passo Fundo —o terceiro mais movimentado do estado — e tenta se locomover por estradas até cidades próximas que foram afetadas pelas enchentes, como as da Serra Gaúcha, enfrentam dificuldade. A mesorregião no noroeste gaúcho se tornou essencial para a chegada de mantimentos, voluntários e familiares das vítimas das inundações.

O que aconteceu

Trajetos que costumavam durar 40 minutos de carro passaram a demorar de duas a três horas. A cidade de Dois Lajeados, por exemplo, costumava ser estratégica para motoristas que iniciavam o trajeto ao norte do estado com destino à capital e região metropolitana de Porto Alegre. Atualmente, com vias interditadas, ela passou a receber refugiados climáticos.

Rodovia que liga cidades afetadas pelas enchentes, como Muçum e Laejado, tem trechos totalmente interditados. A RS-129 tem parte do asfalto rachada. O UOL tentou chegar à região por terra, nesta terça-feira (14), mas se deparou com barrancos, árvores interditando todas as pistas e muitas rachaduras no solo.

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Moradores e voluntários -de outras cidades e de outros estados- se dizem ilhados na região. Quem chega tem a intenção de ajudar conhecidos e desconhecidos. Quem quer sair precisa de ajuda de carros 4x4 ou de paciência para encontrar rotas que ainda não caíram.

Prefeitura de Muçum fez ponte improvisada

Única forma de chegar até Muçum por terra é por uma pequena entrada em Vespasiano Corrêa. Dias atrás, com forte chuva que atingiu a região, as águas do Arroio da Brava varreram a estrutura de concreto que servia como uma ponte entre a RS-129 e a entrada da cidade.

Prefeitura teve que improvisar uma ponte. Para a chegada de mantimentos e deslocamento da população, uma "gambiarra" foi feita para que o acesso continuasse existindo. Muçum sofreu com enchentes em setembro do ano passado, em fevereiro deste ano e, desta vez, foi novamente uma das cidades mais afetadas pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde 30 de abril.

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