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MP denuncia preso por estupro e morte de garota que sumiu ao comprar lanche

Victória Lorrany Coutinho, de 14 anos, desapareceu após sair para comprar um lanche na cidade de Charqueada, no interior de SP Imagem: Reprodução/YouTube/Brasil Urgente; e Reprodução/YouTube/Record Europa

Do UOL, em São Paulo

26/06/2024 23h20Atualizada em 28/06/2024 23h11

O Ministério Público de São Paulo denunciou Miguel Rodrigo Pereira, 42, pelo homicídio e estupro da adolescente Victória Lorrany Coutinho, de 14 anos. A garota desapareceu em 21 de abril após sair de casa para comprar um lanche e teve o corpo localizado em uma área de mata nove dias depois, em Charqueada, no interior de São Paulo.

O que aconteceu

O MP-SP ofereceu denúncia contra o homem nesta quarta-feira (26). Se a Justiça optar por aceitá-la, Miguel vai se tornar réu pelos crimes. O denunciado está preso desde o dia 30 de abril.

Homem foi denunciado por cinco crimes. São eles: sequestro, tortura, estupro, homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver. O MP-SP não informou quais qualificadoras foram adicionadas ao crime de homicídio.

Ministério Público também pediu a decretação da prisão preventiva (por tempo indeterminado) do Miguel ao Judiciário. Inquérito policial havia sido encaminhado para análise do MP nesta semana após investigação da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Piracicaba, também no interior do estado. O caso corre sob segredo de Justiça.

Preso chegou a negar o crime várias vezes, mas confessou nesta semana. O advogado de defesa dele, Renan Augusto Servija, disse ao UOL que o cliente está "arrependido" e não "estava mais aguentando suportar os tormentos das consequências dos atos dele". Sobre a denúncia, o defensor afirmou que se manifestará em breve. O texto será atualizado tão logo haja retorno.

O que diz a defesa

Defesa afirma que cliente se colocou à disposição das autoridades policiais desde a sua prisão. Ao UOL, o advogado Renan Servija, defensor de Miguel, apontou que o cliente tem colaborado com a apuração do caso e que está à disposição da Justiça para ser "julgado da forma mais justa possível, observados os princípios do contraditório e da ampla defesa e do devido processo legal".

Lembra-se que, mesmo que o seu cliente tenha confessado a prática de um crime, ele ainda possui direitos constitucionalmente garantidos, principalmente o direito à defesa técnica. No mais, a defesa lamenta indefinidamente a morte e as suas circunstâncias, e presta suas condolências e total apoio aos familiares e amigos de Victória.
Renan Servija, advogado de Miguel

Relembre o caso

Victória Lorrany Coutinho sumiu em 21 de abril. O boletim de ocorrência indica que ela teria saído de casa para comprar um lanche à noite, e não voltou para a casa. Ela também teria passado na casa de uma amiga antes de sumir. A menina morava na cidade de Piracicaba com o pai e passava os fins de semana com a mãe em Charqueada, que é um município vizinho.

Imagens divulgadas pela Record TV mostraram Victória falando por alguns segundos com um motociclista após sair da casa da amiga. Depois de uma rápida conversa, a menina deixou o local a pé. À época, a mãe da adolescente, Natalie Fernanda, disse que conversou com o motociclista e o homem alegou que ofereceu carona à garota — o que ela teria recusado. O motociclista não tinha envolvimento com o crime.

Corpo da garota foi encontrado em uma área de mata a cerca de um quilômetro de distância da casa da mãe dela. Horas após o corpo ter sido achado, Miguel foi preso. Ele era morador do bairro vizinho ao de Victória.

Miguel não tem emprego fixo e já tinha passagens pela polícia. Entre os antecedentes, estão os crimes de tentativa de homicídio contra um homem, em 2008, alguns crimes de furto e violência doméstica. A informação foi divulgada pela delegada Olivia dos Santos Fonseca ao Domingo Espetacular (Record TV).

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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