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PCC ajudou facções na compra de droga achada em área inundada no RS

Polícia Civil apreendeu meia tonelada de cocaína escondida em imóvel no Mathias Velho, em Canoas, uma das áreas mais atingidas pelas chuvas no RS Imagem: Polícia Civil do RS

Do UOL, em São Paulo

03/07/2024 04h00

O PCC ajudou um "consórcio" formado por duas facções gaúchas na compra de meia tonelada de cocaína na fronteira do Brasil com o Paraguai, indicam fontes ouvidas pelo UOL. A droga foi apreendida nesta segunda-feira (1º) pela Polícia Civil escondida em uma casa no bairro Mathias Velho, em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, uma das áreas mais atingidas pelas inundações no Rio Grande do Sul.

O que aconteceu

Cocaína adquirida no Paraguai veio do Peru e da Colômbia, indicam as investigações. A droga foi trazida de Pedro Juan Caballero, na fronteira do país vizinho com Ponta Porã (MS), segundo a Polícia Civil.

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Fontes ouvidas pelo UOL indicam que a negociação foi intermediada pela facção criminosa paulista. Questionada, a Polícia Civil gaúcha não se posicionou sobre a suposta participação do PCC no caso.

Polícia Civil apura se droga foi trazida por uma transportadora do Sudeste investigada por suspeita de envolvimento com o tráfico ou por uma rota aérea clandestina. Apontada como a maior apreensão de drogas no Rio Grande do Sul, a droga apreendida poderia render até R$ 15 milhões para os cofres do crime organizado, de acordo com os investigadores.

Compra de cocaína indica trégua entre duas facções gaúchas em meio a uma disputa por território, diz investigação. Recentemente, as duas organizações criminosas se envolveram em conflitos com homicídios investigados pela Polícia Civil. Mas firmaram um "consórcio" para adquirir a droga, facilitando a logística de transporte dos entorpecentes e dividindo gastos.

Droga foi encontrada em meio a entulhos em uma das áreas mais atingidas pela inundação no RS. A cocaína estava escondida em um sobrado de dois pisos no bairro Mathias Velho, em Canoas, que chegou a ser inundado em meio às chuvas.

A Polícia Civil não revelou quais são as facções gaúchas ligadas ao caso para não atrapalhar as investigações. A 3ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico investiga essa rota há ao menos oito meses.

A cocaína foi escondida nesse local justamente para não chamar a atenção. Há entulhos em toda a região, inclusive em frente ao imóvel onde a droga foi encontrada. O tráfico local tentou tirar proveito da tragédia para ocultar os entorpecentes.
Gabriel Borges, delegado

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