Justiça mantém condenação de Brennand por agressão, mas reduz indenização
Do UOL, em São Paulo
10/07/2024 21h08Atualizada em 10/07/2024 21h13
A Justiça de São Paulo manteve a condenação do empresário Thiago Brennand a um ano e oito meses por agredir a modelo Helena Gomes em uma academia na zona sul de São Paulo. A agressão aconteceu em agosto de 2022.
O que aconteceu
Porém, a 5ª Câmara de Direito Criminal reduziu a indenização que deve ser paga à vítima de R$ 50 mil para R$ 20 mil. Também foi mantida a absolvição de Brennand por corrupção de menor, em relação ao filho dele, que presenciou os fatos.
O desembargador Damião Cogan disse que o crime foi devidamente comprovado. O magistrado levou em consideração os relatos da vítima, testemunhas, além de imagens gravadas por câmeras da academia.
O voto do relator foi acompanhado pelos desembargadores Pinheiro Franco e Geraldo Wohlers. Damião escreveu que "o réu atuou com vontade livre e consciente de ofender a integridade física da ofendida" e que a conduta do empresário "teve como causa subjacente o sentimento de irresignação com a recusa da ofendida de envolver-se em um relacionamento".
Thiago Brennand está preso na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo. Ele já foi condenado em três processos de violência contra a mulher.
Na última sexta-feira (5), o empresário deixou o isolamento e passou a conviver com outros presos. Tremembé é conhecido como o "presídio dos famosos" por receber presos de casos de grande repercussão, como o ex-jogador Robinho, Alexandre Nardoni e Cristian Cravinhos e o médico Roger Abdelmassih.
Ouça a temporada completa do podcast "Brennand", no YouTube de UOL Prime:
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.