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Juiz vê 'comoção social' e mantém preso suspeito de matar irmão PM em GO

Do UOL, São Paulo

15/07/2024 15h13

Irmão suspeito de matar o policial militar Tiago White teve o pedido de soltura negado pelo Tribunal de Justiça de Goiás.

O que aconteceu

Alexandre White Rodrigues Araújo teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. A decisão ocorreu após audiência de custódia na sexta-feira (12) e foi dada pelo Juiz Rodrigues Camargos.

Juiz disse que o crime tem ''gravidade concreta acentuada'' e pontuou a comoção social gerada. Para o magistrado, a discussão que levou à morte do policial foi motivada por discussão banal e por questões de família. Além disso, segundo ele, há provas suficientes do crime cometido.

Decisão de manter a prisão seria também para resguardar a ''integridade física do acusado''. A medida cautelar é com a intenção de ''garantir a ordem pública, reestabelecer a tranquilidade social e confiança na ordem jurídica'', acrescentou o juiz.

O que diz a defesa

A defesa de Alexandre afirmou que o ato não reflete o comportamento dele: ''Foi uma tragédia após uma festa de família, porém não reflete a personalidade''.

Advogado Martiniano Neto pediu harbeas corpus no sábado (13) e aguarda retorno. ''Alexandre está muito abalado emocionalmente, pelo ocorrido, e bastante ferido fisicamente'', destacou.

Entenda o caso

Tiago White Rodrigues de Araújo comemorava 34 anos quando foi morto. Na quinta-feira (11), durante a festa antecipada - ele faria aniversário no sábado (13) - a vítima e o irmão teriam iniciado uma discussão.

Irmão disse que policial tinha outra família fora do casamento. Argumento usado pelo suspeito teria sido exposto em voz alta e próximo à esposa de Tiago, o que teria despertado "a fúria" do PM, informou o delegado Sandro Costa.

Esposa da vítima foi quem acionou o socorro. Tiago foi levado para o Hospital Regional, mas não resistiu aos ferimentos provocados pelas balas e morreu.

Alexandre foi preso em flagrante e teria confessado que atirou contra o irmão. Ainda segundo a polícia, ele alegou não se recordar de detalhes do crime.

Tiago deixa a esposa e uma filha pequena. Ele era lotado no 18º Comando Regional da Polícia Militar de Goiás e atuava na 7ª Companhia Independente de Policiamento Especializado de Uruaçu. Além de ser policial, ele também era dono de uma pizzaria na cidade.

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