Ossada encontrada em fazenda de Goiás é de jovem dada como desaparecida
Do UOL, em São Paulo
18/07/2024 09h09Atualizada em 18/07/2024 09h09
A ossada que estava enterrada em uma fazenda de Orizona (GO) é da jovem Dayara Talissa Fernandes da Cruz, de 21 anos, confirmou um laudo da perícia. Ela foi dada como desaparecida no dia 25 de março.
O que aconteceu
Corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição, enterrado a cinco metros de profundidade, em 6 de julho. A perícia comparou o material genético da ossada com o dos pais de Dayara. Segundo a polícia, não era mais possível a identificação cadavérica direta.
Polícia chegou ao local porque a vítima e o marido estiveram na fazenda entre o final de fevereiro e 10 de março. No dia das buscas, pertences pessoais e um documento de Dayara também foram encontrados.
Marido é considerado o principal suspeito do crime. Dayara foi vista pela última vez com o companheiro, o empresário Paulo Antonio Eruelinton Bianchini, 34, que é proprietário de uma empresa que trabalha com tratores e retroescavadeiras, realizando serviços de terraplanagem na região.
Contradições nos depoimentos de Paulo levaram a polícia a considerá-lo suspeito, disse o delegado Kennet Andersson ao UOL. A principal linha de investigação é de que ele tenha matado Dayara, escondido o corpo e mentido sobre o desaparecimento. As autoridades acreditam que ele usou sua experiência com tratores e escavadeiras para enterrar o corpo, dificultando o trabalho da polícia.
Paulo diz que deixou Dayara na rodoviária de Orizona no dia 10 de março, data em que a polícia diz que ela foi morta. Paulo só registrou o desaparecimento dela dias depois, em 25 de março.
Ele é investigado por homicídio qualificado por feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. "As diligências prosseguem para finalização do inquérito policial", informou a Polícia Civil.
Defesa de Paulo diz que vai contestar "as incongruências contidas no inquérito policial, as quais são baseadas em indícios apenas em razão do vínculo afetivo entre Paulo e a vítima". O objetivo, segundo o advogado Divino Diogo, é comprovar em juízo a negativa de autoria do acusado.