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Justiça torna réu influenciador acusado de matar homem em SP por vingança

A Justiça de São Paulo recebeu, nesta quarta-feira (17), denúncia contra Nino Abravanel, acusado de participar de um assassinato em São Paulo. Com isso, o influenciador e mais cinco suspeitos viraram réus pela morte de um homem que teria sido assassinado por "vingança".

O que aconteceu

A juíza Isabel Begalli Rodriguez negou pedido de prisão preventiva contra os suspeitos. Ela também determinou a soltura de um dos denunciados, identificado como Júlio César de Souza Alves.

Além de Deivis, nome real do influenciador, e Julio, também viraram réus: Deric Elias Costa Silva, irmão de Nino Abravanel, Eberton Salles de Lima, Pablo Lyncoln Lira da Rocha e Enrico Jonatan da Silva Leal.

A magistrada não viu "necessidade da prisão, ao menos por ora": "Seja para garantia da ordem pública, seja para a conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, pese embora a extrema gravidade do crime imputado aos denunciados".

Os advogados dos irmãos comemoraram após a prisão preventiva ser negada. "Desde o início, nossa equipe de defesa dedicou-se incansavelmente a demonstrar não apenas a ausência de fundamentos sólidos para uma eventual acusação, mas também a flagrante desproporcionalidade de qualquer medida restritiva ao direito fundamental à liberdade de Nino e Deric", diz a defesa.

A defesa de Júlio César celebrou a decisão. "A liberdade de Júlio é o resultado de muito trabalho árduo, dedicação e perseverança. Mostra que a verdade e a inocência prevalecem, mesmo diante de qualquer arbítrio ou injustiça".

Já os advogados de Pablo e Enrico disseram que o indeferimento da prisão preventiva foi "acertado". "Não houve durante as investigações a verdadeira demonstração por meio de indícios ou provas de que ambos contribuíram para o ilícito penal. Seguiremos na defesa para comprovar a inocência de ambos".

O UOL não localizou a defesa de Eberton Salles. O espaço segue aberto para manifestação.

Entenda o caso

Para a polícia, os irmãos planejaram e mataram o homem por vingança. Momentos antes da morte, Tarcísio Gomes da Silva, 32, teria espancado o avô dos jovens, Valdeci Ferreira - que morreu no mesmo dia do crime. A defesa confirma que os jovens ficaram abalados com as agressões, mas nega que eles tenham matado o homem.

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Tarcísio levou 11 tiros na noite de 19 de maio na estrada do M'Boi Mirim, zona sul de São Paulo. Ao UOL, o advogado de defesa dos irmãos negou que eles tenham participado do homicídio e diz haver uma falha processual no inquérito.

Irmão da vítima disse ao UOL que Tarcísio "dava trabalho" aos familiares. Segundo ele, o irmão usava drogas e já havia cometido crimes como furto e tentativa de homicídio. Conforme o irmão, que prefere não ser identificado, Tarcísio acumulava desavenças. A reportagem apurou que Tarcísio respondeu na Justiça por crimes em Pernambuco e em São Paulo. O homem chegou a ficar preso por cerca de dois anos.

Polícia se baseou em imagens para apontar a dinâmica do crime. Ao apontar para os irmãos como os responsáveis pelo crime, a investigação, que o UOL obteve, colheu imagens que mostram Deric e Nino reunidos com amigos para, supostamente, planejar a morte de Tarcísio. A defesa questiona como as imagens foram colhidas.

As imagens mostram os irmãos reunidos com outros três amigos em um restaurante cerca de uma hora antes do crime. Para a polícia, por estarem reunidos encapuzados, os homens estavam planejando o crime.

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