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Amigo é suspeito: o que se sabe do desaparecimento de funcionária da Apae

Cláudia Regina da Rocha Lobo está desaparecida desde o dia 6 de agosto em Bauru, no interior paulista Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

23/08/2024 15h55

Cláudia Regina da Rocha Lobo, 55, secretária-executiva da diretoria da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Bauru (SP), está desaparecida há 17 dias. O caso é tratado como homicídio.

O que se sabe sobre o desaparecimento

Cláudia foi vista pela última vez saindo da Apae, no dia 6 de agosto. Imagens de câmera de segurança registraram ela deixando a sede da entidade com um envelope na mão e entrando em um carro da instituição.

Filha disse que Cláudia não se comportou diferente antes do desaparecimento. Letícia da Rocha Lobo contou que a mãe saiu de casa pouco antes das 15h sem o celular e sem a bolsa dizendo que resolveria coisas no trabalho e voltaria na sequência.

Carro foi localizado na manhã do dia seguinte, com estojo de munição e marcas de sangue. Veículo que pertence à Apae estava estacionado com as chaves no quebra-sol.

Imagens de câmeras de segurança mostram últimos registros de Cláudia antes de ela desaparecer Imagem: Reprodução/Imagens de câmera de segurança

Suspeito é amigo de Cláudia

Sinal de celular confirmou que o então presidente da Apae, Roberto Franceschetti Filho, esteve no local do desaparecimento. A Polícia Civil confirmou por meio do rastreio do celular a localização dele.

Roberto Franceschetti Filho, então presidente da Apae Imagem: Reprodução/Facebook

Ele lamentou o sumiço de Cláudia por meio das redes sociais da Apae. "A associação está prestando apoio à família da funcionária na esperança de seu encontro", diz trecho da nota divulgada no dia 8. A família de Cláudia contou à TV Globo que os dois eram amigos próximos.

Roberto é o principal suspeito e está preso preventivamente desde o dia 15. Arma apreendida na casa dele é do mesmo calibre do estojo de munição encontrado no carro da Apae usado por Cláudia. Ele foi afastado da instituição.

Ele afirmou ser inocente em depoimento. Roberto falou à polícia no dia 19 por uma hora e meia e respondeu todos os questionamentos, disseram os advogados.

Roberto Franceschetti Filho e Cláudia Lobo, em foto publicada por ele em novembro do ano passado Imagem: Reprodução/Facebook

Ossada foi encontrada

Fragmentos de ossos humanos enterrados em um buraco foram encontrados na quarta-feira (21). A polícia achou na mesma região um óculos, que foi reconhecido por parentes como sendo de Cláudia.

Ossada passará por exames. Material será enviado para Núcleo de Biologia, em São Paulo, para rastreio com amostras de DNA. A ossada será comparada com material genético recolhido no carro da vítima, pertences pessoais e com o da filha de Cláudia.

Defesa de Roberto disse ao UOL que não vai se manifestar. O advogado Leandro Pistelli falou que as informações sobre a ossada ainda não constam no inquérito.

Segundo suspeito é investigado

Outro funcionário da Apae, cuja identidade não foi divulgada, é investigado por suspeita de envolvimento no desaparecimento de Cláudia. A Polícia Civil pediu a prisão dele, mas o pedido foi negado pela Justiça. A Apae informou que o afastou assim que soube da possibilidade de ele estar envolvido no caso. O homem trabalhava no almoxarifado.

Polícia Civil apura possíveis irregularidades financeiras na entidade. O Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro investiga a Apae.

Atual gestão disse colaborar com as investigações. A nova presidente da instituição, Maria Amélia Moura Pini Ferro, informou que abriu uma sindicância.

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