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Adolescente morre após ser baleada por Guarda Civil em perseguição em SP

Uma adolescente de 17 anos morreu após ser baleada por um agente da Guarda Civil Metropolitana, no bairro Capão Redondo, zona sul de São Paulo.

O que aconteceu

Camilly Pereira de Lima estava de moto com o namorado, Vinícius Caetano, no momento em que foi morta. Na noite de sexta-feira (23), os dois voltavam da hamburgueria em que o homem trabalha, localizada no Parque Fernanda, na zona sul, quando passaram a ser perseguidos pela viatura da GCM, segundo informações do boletim de ocorrência registrado pela Polícia Civil de São Paulo.

Perseguição foi registrada por câmeras de segurança da região. As imagens mostram Camilly na garupa da moto com o namorado pilotando, ambos sem capacete, e uma viatura da GCM logo atrás. O namorado da vítima alegou que os guardas passaram a persegui-los sem emitir aviso e, por ficarem assustados, decidiram fugir.

Agente deu tiro que atingiu Camilly nas costas e fez a jovem cair da moto. Ela foi socorrida e encaminhada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

O guarda que disparou o tiro compareceu à delegacia e prestou depoimento. O agente Marcelo Teles dos Santos alegou que realizava patrulha junto a outros três guardas no momento em que a viatura passou por motociclistas, e que eles ouviram barulhos e um clarão que pareciam ser de tiro. O GCM disse também que pensou ser o alvo de ataque dos supostos motoqueiros e atirou de volta.

Vinícius Caetano negou a versão apresentada por Marcelo Teles. Segundo o jovem, ele e a namorada não estavam junto a outros motociclistas — as imagens das câmeras que mostram a perseguição corroboram com a versão de que o casal estava sozinho.

Guardas não prestaram socorro, segundo Vinícius. "[Eles] viram ela caída e eu pedindo socorro, passaram devagar, olhando, depois aceleraram e foram [embora]", declarou o jovem entrevista ao SP2, da TV Globo.

Marcelo Teles foi afastado de suas funções na GCM. Por meio de nota, a prefeitura de São Paulo confirmou o afastamento durante as investigações e disse que o caso também é apurado pela Corregedoria-geral da Guarda Civil Metropolitana.

O guarda foi preso, mas depois solto sob o pagamento de fiança. Ele deve responder por homicídio culposo — quando não há intenção de matar. O UOL tenta localizar a defesa dele para pedir posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

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