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Homem que matou pai, irmão e policial era CAC e tinha 300 munições em casa

Do UOL, em São Paulo

23/10/2024 13h05

O caminhoneiro Edson Fernando Crippa, 45, morreu na manhã desta quarta-feira após matar o pai, o irmão e um agente da Brigada Militar em Novo Hamburgo (RS). Veja o que se sabe sobre ele até o momento.

O que aconteceu

Edson tinha registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador). Ele é dono de duas pistolas e duas espingardas, todas "de acordo com a legislação", segundo a polícia.

Histórico de esquizofrenia. Segundo o secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, Edson foi internado quatro vezes por problemas psiquiátricos. O pai dele também sofria de esquizofrenia.

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Órgãos de segurança não souberam informar como Edson tinha posse das armas, já que laudo psiquiátrico é necessário para legalização. As armas estavam registradas na Polícia Federal e no sistema do Exército. O UOL entrou em contato com os dois órgãos para saber há quanto tempo e como o homem conseguiu a documentação e aguarda retorno.

Polícia investiga se ele programou ataque. O homem armazenava água e isotônicos em casa, o que sinaliza a possibilidade de que ele tenha esperado o confronto, mas a motivação ainda é analisada pelos órgãos de segurança.

Cerca de 300 munições não deflagradas foram encontradas com Edson. Carregadores de armas também estavam entre os pertences dele. Segundo o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Antônio Oliveira Sodré, o cenário encontrado após equipes de perícia entrarem no local foi "de guerra".

Pai do atirador ligou para denunciar o filho por agressão. Segundo a Brigada Militar, o chamado foi feito antes das 23 h.

Edson "saiu atirando" após policiais chegarem à casa dele. Segundo o Tenente Coronel Famoso, os policiais conversavam com os pais, irmão e cunhada do caminhoneiro quando ele surgiu atirando "de forma totalmente inesperada". Não há informações sobre quantos tiros foram disparados até o momento, mas imagens do local do crime mostram a fachada da casa marcada por dezenas de buracos.

Relembre caso

Edson Crippa teve morte confirmada por médicos do Samu após mais de nove horas de cerco à casa dele. Antes de morrer, ele matou pai, irmão e um brigadista militar.

Identidade dos mortos. As vítimas fatais do atirador foram o pai de Edson, Eugênio Crippa, 74, o irmão dele, Everton Crippa, 49, e o agente da Brigada Militar Everton Raniere Kirsch Junior, 31. Ele deixa esposa e um filho recém-nascido, com 45 dias.

Entre os nove feridos estão seis agentes da Brigada Militar, um guarda municipal e outros dois familiares do homem. Os agentes da Brigada Militar feridos foram identificados como: Joseane Müller, 38; Eduardo de Brida Geicer; Rodrigo Weber Volz, 32, (que passa por cirurgia); João Paulo Farias Oliveira, 26, (passa por cirurgia); Leonardo Valadão Alves, 26 e Felipe Costa Santos Rocha. O GCM ferido se chama Volmir de Souza.

Mãe e cunhada de Edson ficaram feridas. Cleris Crippa, 70, foi baleada três vezes e está em estado grave; Priscilla Martins, 41, também está em estado grave. Elas estão internadas no Hospital Municipal de Novo Hamburgo.

De forma inesperada e totalmente agressiva ele aparece e começa a atirar em todas as pessoas que se encontravam naquele local, na frente da residência dele. Diante desses disparos que ele efetuou, outras guarnições se deslocaram em apoio.
Tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar

Governador lamenta mortes. Em publicação nas redes sociais, Eduardo Leite afirmou que segue em contato com o secretário de Segurança, Sandro Caron, para acompanhar os desdobramentos da ocorrência.

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