STJ afasta desembargadores de MS suspeitos de vender decisões e alvos da PF
A Polícia Federal faz hoje uma operação contra desembargadores suspeitos de vender sentenças em Mato Grosso do Sul.
O que aconteceu
Cinco desembargadores foram afastados de suas funções pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Eles serão monitorados por tornozeleira eletrônica, ficam proibidos de acessar às dependências do órgão público e de se comunicar com outros investigados.
Quem foi afastado por determinação do STJ: o ministro Francisco Falcão, relator do caso no STJ, determinou o afastamento, por 180 dias, de Sérgio Fernandes Martins, que é presidente do Tribunal de Justiça de MS, e dos também desembargadores Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Marcos José de Brito Rodrigues. Também foram afastados de suas funções o conselheiro do TCE-MT Osmar Domingues Jeronymo e o servidor do TJ-MT Danillo Moya Jeronymo (sobrinho do conselheiro Osmar).
Polícia suspeita de crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais. Os investigados podem responder por lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.
Agentes cumprem 44 mandados de busca e apreensão na manhã de hoje. As operações ocorrem em Campo Grande, Brasília, São Paulo e Cuiabá. Os mandados foram expedidos pelo STJ.
220 policiais federais estão nas ruas, além de servidores da Receita Federal. A ação de hoje é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, que em 2021 apreendeu materiais com indícios da prática dos referidos crimes.
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