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Homem forja a própria morte para escapar de processos de estupro em SC

Criminoso contratou seguro de vida e levava vida normal no apartamento em que morava Imagem: Polícia Civil SC/Divulgação

Colaboração para o UOL

20/11/2024 15h47

Um homem acusado de estupro de vulnerável no ano de 2020 foi preso, nesta terça-feira (19), pela Polícia Civil de Santa Catarina após ter forjado a própria morte para escapar da Justiça.

O que aconteceu

O suspeito é acusado de ter agredido sexualmente duas crianças no ano de 2020, segundo a Polícia Civil de Santa Catarina. O homem estava sendo processado pelo Juízo Criminal de Balneário Camboriú pelo crime.

Ele forjou a própria morte em meados deste ano. Supostamente morto, os processos criminais contra ele foram interrompidos por extinção da punibilidade.

Enquanto elaborava os planos para forjar sua morte, o homem obteve documento de identidade no Estado do Rio Grande do Sul, utilizando dados de terceiro a fim de se passar por outra pessoa. O criminoso usou uma certidão de nascimento de uma pessoa já falecida para obter o RG, e com isso passou a se passar pelo homem já falecido há muito tempo.

Aproveitando-se da situação, o criminoso ainda contratou seguro de vida e fez diversos financiamentos bancários para que ele próprio e seus familiares fossem beneficiados com a sua morte forjada, fraudando instituições bancárias. As informações chegaram ao conhecimento de policiais da 1ª Delegacia de Polícia de Itajaí, que passaram a angariar informações a respeito dos crimes cometidos.

A polícia obteve a documentação que comprovava as falsidades e fraudes cometidas e, com auxílio da Polícia Federal, também localizou o suspeito. Após identificarem o local que o homem estava escondido, foi possível comprovar que o criminoso estava vivo.

O homem estava seguindo uma vida normal, de acordo com a polícia. Ele havia feito algumas alterações em sua aparência, recebendo visitas de amigos e familiares, circulando livre no edifício em que estava morando, certo de que não seria capturado.

Com essas informações, foram ajuizadas duas representações policiais: uma pedindo a prisão preventiva do criminoso e outra requerendo pedindo a realização de busca e apreensão no apartamento em que ele se escondia.

O homem segue à disposição da Justiça, tanto para prosseguimento do processo criminal em que é acusado de estupro, quanto para continuidade das investigações acerca das circunstâncias de sua morte, assim como questões incidentais. O inquérito foi iniciado na 1ª Delegacia de Polícia de Itajaí e prosseguirá com o auxílio da Delegacia de Polícia Civil de Camboriú e da Polícia Federal.

As informações da investigação também serão compartilhadas com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, já que o criminoso teria cometido crime de falsidade ideológica naquele Estado.

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