Arara famosa nas redes morre eletrocutada após ter asas cortadas por casal

A Polícia Civil de Goiás identificou os responsáveis por cortar as asas da Arara Pipoca, famosa nas redes sociais, que morreu eletrocutada após pousar em um fio de energia elétrica em Trindade, na região metropolitana de Goiânia.

O que aconteceu

Ave morreu há mais de um mês após perder sustentação em voo. Pipoca tinha um perfil com mais de 15 mil seguidores no Instagram e era muito querida entre os moradores cidade. Vídeos mostram que animal era dócil e costumava interagir com as pessoas.

Imagens de câmeras de segurança ajudaram polícia a identificar responsáveis pelos maus-tratos. De acordo com a investigação da delegacia de Trindade, após análise das filmagens dos arredores no local onde o animal foi encontrado debilitado, foi possível visualizar um casal carregando a arara dias antes de sua morte.

Testemunhas relataram que o casal suspeito levou a arara para casa de um familiar. A polícia esclareceu que foi nesse local que a ave teve as asas cortadas e, por isso, passou a noite na chuva sem conseguir voar direito. "O que indica sua dificuldade e impossibilidade em alçar voo e retornar ao seu local de abrigo há mais de três anos", detalhou a Polícia Civil de Goiás, em nota.

Delegado à frente do caso acredita que suspeitos queriam ficar com a ave. "Pode ser que eles queriam pegar a pipoca pra eles, né? Não tem outro motivo aparente", afirmou Thiago Escandolhero, em entrevista ao Jornal Anhanguera, da TV Globo.

A Arara Pipoca conseguiu retornar ao seu local de abrigo, mas já estava debilitada. Moradores perceberam a dificuldade dela em voar e a levaram ao veterinário, mas ela acabou morrendo pouco depois.

Suspeitos deram versões diferentes em depoimentos à polícia. Um deles afirmou que a arara não entrou na residência, já o outro diz colocou os netos para brincar com o animal. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela policia, por isso o UOL não conseguiu localizar a defesa deles.

"Nós conduzimos eles para a delegacia e eles falaram que a arara voou e fugiu deles. Só que a gente foi na casa da familiar, e ela acabou por falar que a arara esteve lá, brincou com as crianças e depois ela voou. Através dessa contradição, juntando com os vizinhos que viram a arara num sobrado em construção em dia de chuva, concluímos que ela não conseguia sair de lá e ficava tomando chuva", acrescentou o delegado ao jornal.

Os responsáveis responderão pelo crime de maus-tratos. Eles foram ouvidos e liberados.

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