PMs da Rocam espancam motociclista rendido na zona norte de SP
Um motociclista foi espancado por policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) após uma perseguição policial no bairro de Jardim Damasceno, na zona norte de São Paulo, no domingo (1º).
O que aconteceu
Motocicleta era perseguida por seis motos da Rocam. Um vídeo ao qual o UOL teve acesso mostra o momento em que a moto do homem é cercada. Após bater e derrubar a moto de um policial, o homem tem a moto derrubada.
Polícia Militar afirmou que motociclista estava em fuga após desobedecer ordem de parada.
Mulher que estava na garupa da moto é puxada por policial enquanto outro PM dá socos e chutes no motociclista. Um policial dá golpes repetidos de cassetete no homem, rendido, até outro pedir que ele parasse.
A mulher que foi arrancada da moto tenta se aproximar e também leva um golpe de cassetete. O homem é algemado em seguida.
O caso aconteceu no domingo (1º) no encontro da rua Gregório Pomar com a rua Fortunato Devoto. No mesmo dia, policiais da Rocam foram gravados em outro caso de violência, em que um homem acabou arremessado em um córrego da zona sul da cidade.
A Polícia Militar informou que identificou os agentes envolvidos. "Uma investigação preliminar foi aberta para apurar a conduta durante a abordagem." O UOL entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública para pedir informações sobre a vítima da abordagem. Em caso de manifestação o texto será atualizado.
Casos de violência policial
Nesta semana, um PM que matou um jovem com um tiro nas costas na zona sul de São Paulo foi afastado das funções. O crime foi gravado por câmeras de segurança de uma loja, de onde o jovem teria furtado materiais de limpeza em 2 de novembro.
No domingo, um PM foi gravado jogando um homem de uma ponte. O caso aconteceu no extremo sul de São Paulo após uma perseguição.
Ouvidor diz que pediu afastamento e punições. Em nota, Claudio Silva afirmou que medidas, porém, não têm se mostrado eficazes contra violência policial.
Sabemos, entretanto, que essas medidas não estão sendo eficazes para o estancamento desse derramamento de sangue em nosso estado, fruto de uma política de morte e vingança, constantemente legitimada pela maior autoridade de Segurança Pública do Estado, que é a SSP.
Claudio Silva, ouvidor das polícias de SP, em nota
Derrite classificou casos como "condutas antiprofissionais" e exaltou PM em posicionamento. Em nota, ele afirmou que repudia ato de violência e disse que os policiais afastados cumprirão serviços administrativos. "Anos de legado da PM não podem ser manchados por condutas antiprofissionais", disse.