Allana Brittes fala pela primeira vez sobre morte do jogador Daniel Corrêa
A filha do assassino do jogador Daniel Corrêa, morto após uma discussão em outubro de 2018 no Paraná, contou pela primeira vez detalhes do crime. Allana Brittes afirmou ao Domingo Espetacular, da TV Record, que o atleta apresentava comportamentos abusivos após ter ficado com uma amiga dela, na casa noturna onde aconteceu a festa de aniversário de 18 anos da jovem.
O que aconteceu
Daniel foi encontrado morto em São José dos Pinhais, no Paraná, no dia 27 de outubro de 2018. Ele jogava pelo São Bento (SP) na época do crime, e foi à festa de 18 anos de Allana Brittes, com quem mantinha uma amizade virtual havia mais de um ano.
Edison Luiz Brittes Júnior, pai de Allana, foi condenado a 42 anos, 5 meses e 25 dias de prisão pelo assassinato de Daniel. A mãe dela, Cristiana Brittes, foi condenada a 6 meses de prisão e 1 ano de reclusão em regime aberto por fraude processual. Allana também foi condenada em júri popular por fraude processual, coação no curso do processo e corrupção de menores a 6 anos, 5 meses e 6 dias de reclusão e também a 9 meses e 10 dias de detenção, mas conseguiu um habeas corpus dias depois, e responde em liberdade.
Hoje cursando faculdade de Direito, Allana contou ao Domingo Espetacular que a festa tinha cerca de 100 pessoas, e que Daniel havia sido convidado como já tinha acontecido no ano anterior. Eles foram em uma casa noturna de Curitiba (PR) na noite do dia 26 de outubro. O jogador ficou grande parte da noite em uma área Vip
Evellyn Brisola Perusso, amiga de Allana na época, mandou uma mensagem dizendo que estava indo para a casa dela, acompanhada de Daniel, com quem tinha ficado na festa. Outros amigos também foram à residência da família. "No texto, a Evellyn disse que ele tava sendo meio invasivo, pegando nela, e que não queria mais ficar com ele", contou. Evellyn também foi indiciada por fraude processual, mas absolvida.
"Não programei nenhum tipo de continuação de festa. Lembro que meu pai fez comida para minha mãe, e aí ficamos um pouco ali fora, conversando, dançando e minha mãe pediu para dormir"
Allana Brittes, filha de Edison Brittes, condenado pelo assassinato de Daniel Corrêa
Depois de um tempo na casa, Allana disse que ouviu a confusão e foi até o quarto onde estava a mãe. "Eu lembro de ter visto meu pai de um jeito que nunca tinha visto. Ele estava extremamente transtornado, com olhar de ódio, raiva, parecia que ele não acreditava em tudo aquilo", contou.
Edison alegou à polícia que Daniel tentou estuprar a esposa. Antes de ser assassinado, o jogador compartilhou com amigos pelas redes sociais uma foto deitado ao lado de Cristiana. No inquérito do caso, a Polícia Civil concluiu que não houve tentativa de estupro por parte do jogador.
"Eu fui violada. Eu fui invadida. Fui abusada. Ele tirou as calças, subiu em cima de mim, esfregou o órgão genital e tirou as fotos"
Cristiane Brittes, mãe de Allana, em entrevista ao Domingo Espetacular da TV Record
Alguns amigos de Allana começaram a espancar o jogador e foram com Edison até uma floresta, onde o jogador foi morto. Um desses homens é Daniel Bolero, com quem Allana se casou em 2023. Ele foi julgado pelo homicídio, e inocentado. O Ministério Público ainda recorre da decisão. "Eu acredito que a justiça foi feita, porque ele não participou da morte de Daniel", afirmou. Hoje, Allana também é influencer digital e comercializa alguns produtos pela internet.
Em depoimento, Edison disse que matou Daniel "sob forte emoção". Segundo a polícia, o jogador foi encontrado parcialmente degolado e com o órgão genital cortado.
Podcast "Caso Daniel"
A história do assassinato do ex-jogador do São Paulo Daniel Corrêa foi contada pelos repórteres Adriano Wilkson e Karla Torralba na segunda temporada do podcast "UOL Esporte Histórias". Você pode ouvir a temporada "Caso Daniel" no UOL (links abaixo), no Spotify, na Apple Podcasts e no Youtube. Confira abaixo os episódios e assista a um resumo do conteúdo do podcast:
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.