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PM do Rio usa drones para reforçar patrulhamento e coibir boca de urna

Drone comandado pela PM sobrevoa Rio de Janeiro para patrulhar segurança - Tânia Rego/Agência Brasil
Drone comandado pela PM sobrevoa Rio de Janeiro para patrulhar segurança Imagem: Tânia Rego/Agência Brasil

Juca Guimarães

Colaboração para o UOL

15/11/2020 16h36

Eleitores do Rio de Janeiro que foram para os 4.892 locais de votação no Estado podem se deparar com objetos pouco usuais sobrevoando algumas cidades. São os drones que as forças de segurança estão usando para coibir as campanhas de boca de urna, que são crimes previstos na Lei Eleitoral 9.504, de 1997.

Segundo a porta-voz da Polícia Militar, a tenente-coronel Gabryela Dantas, essa é a primeira experiência de uso de drones nas operações contra crimes eleitorais. Os equipamentos eletrônicos, remotamente pilotadas pelo Grupamento Aeromóvel (GAM), de acordo com a oficial, ampliam a eficiência das operações e estão sendo usadas em toda a região metropolitana do estado.

"Essas imagens [captadas pelos drones] vão dinamizar nossa capacidade operacional, tanto para atuar preventivamente quanto para intervenção de pronto emprego em situações de emergência", disse a porta-voz da PM.

De acordo com a PM, os drones transmitem as imagens em tempo real para um quartel-general e também para os aparelhos celulares dos oficiais responsáveis pelo comando da operação no local. O NuARP (Núcleo de Aeronaves Remotamente Pilotadas), da PM-RJ, que faz o uso dos drones, existe desde 2017 e o primeiro teste foi durante o Rock in Rio, em setembro daquele ano.

A Polícia Federal também adotou o uso de drones para ajudar nas operações especiais durante a votação deste domingo. O órgão tem equipes com mais de cem drones espalhadas em diversas cidades do país para fiscalizar, além da prática de boca de urna, o transporte ilegal de eleitores.

As operações com drone da Polícia Federal nas eleições são centralizadas em uma equipe especializada em investigar crimes eleitorais.

Já a Polícia Civil do Rio de Janeiro não informou se também estão usando drones, porém, a instituição tem oito mil agentes trabalhando no apoio das eleições municipais do Estado. O comando da Polícia Civil dividiu a operação em dois turnos com 4.000 soldados em cada um.