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Maia diz que ciclo de 18 foi "quebrado" e considera boa sinalização para 22

15.nov.2020 - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, vota na Escola Municipal Professora Zuleika Nunes de Alencar, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ), neste domingo, 15, no primeiro turno das eleições municipais - BEATRIZ ORLE/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
15.nov.2020 - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, vota na Escola Municipal Professora Zuleika Nunes de Alencar, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ), neste domingo, 15, no primeiro turno das eleições municipais Imagem: BEATRIZ ORLE/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

17/11/2020 21h19

Sem citar nomes, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o ciclo das eleições de 2018 foi "quebrado" e que considera "uma boa sinalização" para 2022, ao avaliar os resultados do processo eleitoral ocorrido no último fim semana.

A declaração de Maia ocorreu durante evento on-line organizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), do qual o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é um dos sócios-fundadores.

"Eu acho um pouco isso sobre o resultado das eleições: recoloca a política no ambiente do diálogo, aqueles que dialogaram, aqueles que conversaram com a sociedade tiveram um resultado positivo. Uma boa sinalização", disse ele.

"É claro que a eleição municipal não tem essa influência toda na eleição nacional, mas você poderia ter tido a continuação de uma certa onda que, pelo menos para essa eleição, não foi mantida e foi quebrada. Eu acho que será outra eleição em 2022. Eu acho que esse ciclo de 2018 nós só vamos ter daqui a 30, 40, anos. Esse ciclo sempre aparece na política", completou, em seguida.

Maia também comemorou "a redução da força das redes sociais" e a sua influência no resultado das eleições. Segundo ele, o próprio inquérito das fake news, que apura a disseminação de notícias falsas e ameaças a integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) ajudou a impor limites.

"Fora, claro, o impacto da redução da força ou pelo menos o maior limite da força das redes sociais, que em 2018 foram usadas de forma muito heterodoxa, com muitas agressões e muitas fake news. Eu acho que a própria ação pelo Supremo Tribunal Federal gerou limites. A própria discussão da legislação [sobre as redes sociais]", disse ele.

"Eu acho que isso limitou a força dos extremos, a contaminação de narrativas falsas e acabou acertando, onde a política teve uma grande vitória. Prefeitos bem avaliados não foram contaminados com essas narrativas falsas, e político com boa experiência tiveram bons resultados", completou, em seguida.