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O que são drones 'anti-ansiedade' que já foram propostos por Marçal?

Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo Imagem: Gabriel Silva - 22.ago.2024/Estadão Conteúdo

do UOL, em São Paulo

06/09/2024 05h30

O candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), sugeriu em julho, em entrevista à Rádio Bandeirantes, algo que chamou de "drone anti-ansiedade".

O equipamento seria inspirado no aparato de escolta pessoal do empresário. "Na minha escolta pessoal, tem um drone israelense. Esse drone é térmico, tem giroflex e alto-falante", disse ele na ocasião.

O que aconteceu?

Drones israelenses da escolta pessoal do candidato. A ideia seria posicionar os drones israelenses de sua escolta pessoal para identificar comportamentos suspeitos.

O cara está armando uma situação para fazer um furto ou roubo. Você imagina a câmera detectando o comportamento do cara, nível de ansiedade, indo e voltando da esquina. Alguém já aborda: 'Está tudo bem?'. Ou seja, isso tem algo a ver com cor de pele? Não. Tem alguma coisa a ver com crença? Não. Comportamento.
Disse Marçal durante a entrevista à Rádio Bandeirantes.

Plano de governo não cita drones. Em seu plano de governo, divulgado no site do TSE, não existe necessariamente uma menção direta ao uso de drones, mas há: "o compromisso com investimento em inteligência e monitoramento e em uma central de operações integrada de dados".

Drones já são usados em São Paulo desde 2016

A proposta do candidato não é inédita. Tanto a PM-SP (Polícia Militar do Estado de São Paulo), quanto a GCM (Guarda Civil Metropolitana) já fazem uso de drones em operações especiais e no apoio ao patrulhamento urbano. Mas não há o uso do termo 'anti-ansiedade' pelos órgãos.

Drones têm visão térmica e câmera de alta definição. De acordo com a SMSU (Secretaria Municipal de Segurança Urbana), o Programa Dronepol foi criado em 2017. "Atualmente, a GCM conta com 49 drones em operação, equipados com câmeras de alta definição e visão térmica", informou a SMSU em nota.

Testes começaram na PM. Os testes experimentais na PM-SP começaram em 2009. Em 2016, foi consolidado o uso do equipamento na corporação, que conta atualmente com 220 aeronaves não tripuladas cadastradas, de acordo com nota enviada ao UOL pela PM-SP.

São Paulo é referência nacional no uso de drones. Em nota ao UOL, a SMSU informou que São Paulo é referência no país no uso de drones. A SMSU é a que mais opera esse tipo de equipamento no Brasil, de acordo com o Departamento de Controle de Espaço Aéreo (DECEA), da Aeronáutica.

Para que são usados os drones em São Paulo?

Patrulhamento e mapeamento. Os equipamentos auxiliam no combate ao crime, incêndios, patrulhamento em áreas de preservação ambiental e mapeamento de cenas abertas de uso de drogas, entre outras ocorrências.

Perseguições da PM. "Drones auxiliam em operações, como o cumprimento de mandados, resgates ou perseguições, equipamentos ajudam a localizar suspeitos, identificar rotas de fuga e avaliar a situação antes da entrada das equipes terrestres. Isso aumenta a segurança dos policiais envolvidos", afirma João Negrão, chefe da divisão CAvPM (Divisão Operacional do Comando de Aviação da Policia Militar)

Monitoramento contra dengue e descarte de lixo. Os equipamentos também ajudam a mapear focos de proliferação do mosquito da dengue em locais de difícil acesso e a monitorar o descarte irregular de lixo.

A Prefeitura de São Paulo já formou mais de 1.000 pilotos. Entre eles, estão, em sua maioria, agentes de segurança, como membros da Força Aérea Brasileira, Polícia Federal, Polícia Civil e Guardas Municipais de outras cidades, de acordo com dados informados pela SMSU ao UOL.

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