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Ministros de Bolsonaro não emplacam candidaturas e devem cair no 1º turno

Jair Bolsonaro ao lado de Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde Imagem: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Tiago Minervino

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/10/2024 20h43

Três nomes que integraram o mais alto escalão do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão com dificuldades para emplacar suas candidaturas e não devem sair vitoriosos das urnas. Pelo menos é o que indicam as pesquisas mais recentes com as intenções de votos para as eleições municipais que acontecerão neste domingo (6).

O que aconteceu

Ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (PL) concorre à prefeitura de João Pessoa. Aliado de primeira hora de Michelle Bolsonaro, o médico conta com o apoio pessoal da ex-primeira-dama, que viajou para a capital paraibana nesta quinta-feira (3) para endossar a campanha do amigo, mas nem assim ele tem conseguido alavancar a candidatura.

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Queiroga, que ficou marcado pela gestão problemática de seu ministério na pandemia de covid-19, não deve sequer chegar ao segundo turno. Em João Pessoa, as pesquisas indicam que o atual prefeito, Cícero Lucena (PP), deverá se reeleger em primeiro turno, apesar das denúncias envolvendo sua mulher, Lauremília Lucena, que chegou a ser presa pela Polícia Federal, mas já foi solta.

O ex-ministro Gilson Machado ao lado de Bolsonaro Imagem: Reprodução/Twitter

Ex-chefe do Turismo, Gilson Machado é outro ex-ministro bolsonarista que deve ser derrotado em primeiro turno. Conhecido como ministro sanfoneiro das lives de Bolsonaro, Machado concorre à prefeitura do Recife e enfrenta o popular prefeito João Campos (PSB), que tem o apoio do presidente Lula (PT).

Campos tem ampla vantagem sobre seus adversários. O atual prefeito se mantém estável nas pesquisas e soma 74% das intenções de votos, conforme mostrou o Datafolha divulgado nesta quinta-feira. Machado, que não recebeu a visita de Jair ou Michelle, está em segundo, mas com apenas 10% das pretensões de voto dos eleitores.

Bolsonaro tenta eleger o ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem no Rio de Janeiro Imagem: Mauro Pimentel - 18.jul.2024/AFP

O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem (PL), enfrenta cenário similar ao do colega de partido. Embora apareça no segundo lugar na disputa pela prefeitura do Rio, ele está bem atrás do atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), que tem o apoio de Lula e aparece com chances reais de se reeleger em primeiro turno.

Paes, que segue decrescente nas pesquisas, ainda aparece com vantagem suficiente para sair vencedor sem precisar prorrogar a disputa. Levantamento do Datafolha divulgado nesta quinta-feira (3), mostra o atual prefeito com 54% das intenções de voto. Ramagem chegou a 22%, mas ainda longe de seu adversário. Bolsonaro foi ao Rio hoje para participar de atos ao lado do deputado, em uma tentativa de alavancar sua candidatura.

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