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Quais foram as pesquisas mais precisas nas eleições de São Paulo

Marçal, Boulos e Nunes Imagem: Reprodução: UOL

Do UOL, em São Paulo

06/10/2024 21h14

A disputa pela Prefeitura de São Paulo apresentou números apertados durante quase toda a campanha eleitoral. Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) mantiveram a média das intenções de votos desde o princípio. Pablo Marçal (PRTB) começou por baixo, mas disparou em agosto, colando em Nunes e Boulos.

O resultado para o segundo turno estava em aberto até o último momento, mas Ricardo Nunes, com 29,5%, e Guilherme Boulos, com 29%, se enfrentarão nas urnas novamente no dia 27 de outubro.

O que diziam as pesquisas

O último levantamento do Datafolha, divulgado sábado (5), mostrava empate técnico entre Boulos (29%), Nunes (26%) e Marçal (26%). O mesmo aconteceu com a Quaest, que trouxe Boulos com 29%, Nunes com 28% e Marçal com 27%.

Quase nenhuma das pesquisas de outros institutos mostrava grande discrepância desses números:

  • Real Time Big Data (30/9): Nunes: 26%; Boulos: 25%; e Marçal: 23%
  • Paraná Pesquisas (1º/10): Nunes: 27%; Boulos: 25%; e Marçal: 22,5%
  • Real Time Big Data (2/10): Boulos: 26%; Nunes: 25%; e Marçal: 25%

A exceção foi a pesquisa da AtlasIntel, que apresentou Boulos e Marçal no segundo turno, com Nunes atrás de do candidato do PRTB fora da margem de erro.

  • AtlasIntel (05/09): Boulos: 29,9%; Marçal: 27,8% e Nunes: 18,6%

Debates, acusações e crime

A disputa acirrada nas pesquisas ditou o ritmo do comportamento dos candidatos durante a campanha e debates. Ataques direcionados aos adversários com índices mais próximos cresceram tanto em encontros quanto nas redes sociais e em propagandas televisivas.

Marçal se destacou por provocações, mentiras e cenas de violência. Na reta final, ele publicou um laudo médico falso dizendo que Boulos tinha problemas com cocaína. Além disso, Marçal foi agredido com uma cadeira por José Luiz Datena (PSDB) e fingiu necessitar de uma ambulância. No campo dos debates, indagou repetidas vezes Ricardo Nunes sobre um B.O. de violência doméstica registrado por sua mulher em 2011.

Durante o debate do Flow, o assessor de Pablo Marçal, Nahuel Medina, deu um soco no marqueteiro de Ricardo Nunes, Duda Lima, que ficou com o olho roxo. No debate seguinte, UOL/Folha de S. Paulo, o marqueteiro afirmou que a agressão havia sido premeditada.

Trocas de acusações entre Boulos e Nunes. O atual prefeito e o candidato do PSOL também protagonizaram diversos embates ao longo da campanha. Boulos acusou Nunes de ter que responder sobre irregularidades de sua gestão. Já o prefeito tentou rebater e disse que era o psolista que tinha ligação com corrupção.

A candidata Tabata Amaral (PSB) chegou a reclamar durante o debate UOL/Folha de S. Paulo de ser deixada de lado. "Justamente a mulher do debate é a adulta da sala (...) que está aqui, falando de proposta e batendo de frente com cada um desses marmanjos, que não conseguem responder minhas perguntas e nem endereçar perguntas a mim", disse.

Tabata reclamou de Boulos e da campanha por voto útil. A candidata do PSB, ligada ao campo da esquerda, reclamou que a campanha de Boulos estava apelando pelo chamado voto útil. Ela chegou a ter 16% de intenções de votos, mas terminou a disputa com 9%.

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