Vacina contra covid: o que pode e o que não pode
A campanha de vacinação contra covid-19 começou em janeiro de 2021 em todo o país. A primeira fase é destinada ao grupo prioritário, que inclui profissionais de saúde, que têm mais contato com o novo coronavírus, e idosos, que são as maiores vítimas da doença. A população mais vulnerável, como indígenas, quilombolas e moradores de rua —dependendo da região— também foi incluída.
Como se preparar e qual o passo a passo? O UOL selecionou algumas questões sobre o que pode e o que não pode para quem está na fila da vacinação. Confira:
Vacina contra covid: o que pode e o que não pode
Estou gripado. Posso tomar vacina contra covid-19?
Não. Pessoas com sintomas de gripe devem se isolar preventivamente. O ideal é não sair do isolamento para ser imunizado. É preciso esperar a gripe passar. Os sintomas da gripe também podem ser confundidos com sintomas leves da covid. Se estiver contaminado, também é preciso esperar os efeitos da doença passar para se vacinar.
Já tive covid-19. Posso me vacinar?
A resposta é sim, segundo a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo. Embora a maior parte das pessoas que tiveram a doença tenham desenvolvido anticorpos, a vacina pode garantir uma proteção mais duradoura.
A recomendação é apenas aguardar a total recuperação clínica, que normalmente ocorre quatro semanas depois do aparecimento dos sintomas ou do primeiro resultado positivo do exame.
Por que demora 20 dias para a CoronaVac ficar pronta?
Há todo um processo de verificação e documentação para os insumos. Depois são concentrados, envasados, esterilizados e checados. Saiba mais sobre o processo.
Tenho alergia a ovo. Posso me vacinar contra covid?
Pessoas alérgicas a ovo podem, sim. Entre os componentes da vacina contra o novo coronavírus, não há elementos retirados do ovo, assim, a imunização é segura.
Para outras alergias, é fundamental consultar os serviços de saúde e comparar os elementos que compõem o imunizante para identificar se é seguro ou não.
O Butantan também desenvolve uma nova vacina que vai consumir os ovos.
Posso tomar a primeira dose de um imunizante e a segunda de outro?
Por enquanto, o uso de vacinas diferentes não é recomendado. O esquema vacinal deve ser completado com o mesmo imunizante.
Na 2ª dose, tenho que ir ao mesmo lugar ou posso me vacinar em outro posto?
A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo afirma que a vacinação pode ser completada em outras unidades, mas é preciso que a pessoa leve a carteirinha para identificar qual imunizante ela recebeu na primeira aplicação (por enquanto, a CoronaVac, que deve ser aplicada com 28 dias de intervalo, ou a Oxford/AstraZeneca, que deve ter intervalo de 12 semanas).
Moro na cidade de São Paulo e não tenho carro. Posso ir a pé ao drive-thru?
Até pode. No entanto, neste caso, a indicação é para as pessoas irem aos locais mais próximos de suas casas, como UBSs (Unidade Básica de Saúde), em vez de postos maiores em drive-thru, como por exemplo ao estádio do Pacaembu. O objetivo do drive-thru é agilizar a vacinação com a ida das pessoas em veículos. A pé, elas podem demorar mais tempo para serem atendidas.
Depois de tomar a vacina, estarei imediatamente protegido?
Não. Os níveis de anticorpos devem estar adequados duas semanas após a segunda dose.
E ainda não se sabe quanto tempo dura essa reação. Os laboratórios permanecem fazendo estudos para determinar a duração da resposta imune da vacina.
Depois de tomar a vacina, tenho que continuar usando máscara?
Sim! Os efeitos da imunização demoram até duas semanas para surtirem todo o efeito na pessoa que tomou a vacina. Além disso, é importante considerar que os efeitos da campanha da vacinação só vão aparecer quando uma parcela maior da população tiver recebido as doses.
Por enquanto, mantenha todas as proteções, como máscaras, distanciamento social e higienização.
Qual efeito colateral posso ter por causa da vacina?
A principal adversidade é dor no local da aplicação. É possível também ter febre, dor muscular ou de cabeça e/ou náusea. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, em apenas 0,3% dos participantes dos testes houve reação alérgica, nenhuma delas grave.
Fonte: Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo/Instituto Butantan e Prefeitura de São Paulo