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Brasil adere à Hora do Planeta 2010: Oceania, Ásia e Europa já apagaram seus cartões-postais

Do UOL Notícias

Em São Paulo

27/03/2010 10h19

Atualizada às 20h30

Monumentos como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a Ponte Octavio Frias de Oliveira, em São Paulo, o Palácio de Cristal, em Curitiba, e o Arco da Praça Portugal, em Fortaleza, foram apagados às 20h30 deste sábado (27) por conta da Hora do Planeta, um ato simbólico contra o aquecimento global.

O movimento começou a apagar as luzes por 60 minutos na Austrália e na Nova Zelândia. Os países apagaram alguns de seus cartões-postais mais famosos durante uma hora e foram seguidos por nações da Ásia e, depois, Europa.

Na Nova Zelândia, a torre Sky Tower, em Auckland, teve as luzes apagadas. A Austrália apagou a ponte da Baía de Sydney, e a Ópera, além do Luna Park, de Melbourne. Em Pequim, na China, ficaram às escuras a Cidade Proibida, o estádio Ninho do Pássaro e o Teatro Nacional. A capital japonesa Tóquio apagou as luzes de sua torre, enquanto a Malásia fez o mesmo com suas torres gêmeas, o cartão-postal de Kuala Lumpur.

Na Europa, os principais monumentos apagaram as luzes por uma hora: a Torre Eiffel, em Paris, o Big Ben, em Londres, a Fontana di Trevi, em Roma, e o Portal de Brandemburgo, em Berlim. Também foram incluídos na iniciativa a Torre de Pisa, na Itália, o Arco do Triunfo, na França, a maior parte dos prédios de Amsterdã, na Holanda, o Palácio de Buckingham e o Parlamento Britânico, ambos no Reino Unido.

A campanha foi proposta pela Rede WWF (World Wide Fund for Nature) em 2007 e tem ganhado mais adesões a cada edição.  "Temos todo mundo participando, de Casablanca até os campos de safári na Namíbia e na Tanzânia", disse Greg Bourne, executivo-chefe do WWF.

O UOL aderiu simbolicamente à campanha e convida seu público a participar. Desde quinta-feira, o UOL Notícias e o UOL Ciência e Saúde mostram um cronômetro com o tempo que falta para a Hora do Planeta. Desde 20h30, há um interruptor na home page do UOL estimulando o público a desligar o portal. Quem clicar no interruptor durante a Hora do Planeta, verá uma primeira página totalmente preta. Esta é uma iniciativa do UOL, que não conta com nenhum patrocinador. A adesão do público é também voluntária. Se o leitor não quiser aderir à Hora do Planeta, poderá acender novamente a página e ver o cobertura jornalística da mobilização global.

  • Greg Wood/AFP

    Acima, a ponte da Baía de Sydney (Austrália) antes (acima) e durante (abaixo) a Hora do Planeta

A Hora do Planeta respeita os diferentes fusos horários do mundo, ou seja, sempre acontece a partir das 20h30 conforme o horário de cada local. Para quem está nos arquipélagos de Fernando de Noronha, São Pedro e São Paulo, assim como nas ilhas Martin Vaz e Trindade, a Hora do Planeta começou às 19h30 segundo o horário de Brasília. Nos Estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima, a Hora do Planeta começa mais tarde, quando em Brasília for 21h30.

A mobilização já conta com o apoio de 64 cidades brasileiras - das quais 17 capitais - distribuídas em 19 Estados de norte a sul do país, além de mais de 1.500 empresas e 249 organizações. "Estamos felizes com os resultados já obtidos e esperançosos de que vamos conseguir ainda mais adesões", diz Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil.

Anos anteriores
A adesão estimada no Brasil deve superar a do ano passado, quando participaram 51.926 pessoas cadastradas e centenas de outras que não fizeram o cadastro, mas apagaram suas luzes durante uma hora.

DICAS PARA ECONOMIZAR ENERGIA

  • Rogério Cassimiro/Folha Imagem - 26.04.2005

    A utilização de lâmpadas fluorescentes compactadas, no lugar das incandescentes, pode representar uma economia de até 80% de energia

No resto do mundo, a participação também aumentou. Esta edição conta com 33 novos países, entre eles Nepal, Mongólia, Arábia Saudita, Nigéria, Paraguai, Uruguai e Marrocos.

Causas
No Brasil, a WWF escolheu como temas da Hora do Planeta o combate ao desmatamento, a proteção e recuperação de áreas de preservação permanente, como as matas ciliares e as nascentes, e a obrigatoriedade do cumprimento das metas de redução de desmatamento e de emissões de gases de efeito estufa assumidas na Conferência de Copenhague em 2009 (COP-15 da UNFCCC).

O país é considerado o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. A maior parte da emissão (75%) é proveniente de queimadas e desmatamento.

Embora defenda a economia de energia e a maior eficiência na sua produção, transporte e consumo, o WWF-Brasil esclarece que a Hora do Planeta é apenas um gesto simbólico. "Como acontece por apenas uma hora, não há qualquer impacto previsto sobre a economia", afirma Hamú.

O site oficial da campanha para obter mais informações e se cadastrar é www.horadoplaneta.org.br.