Topo

Guarda Costeira diz que vazamento de óleo foi refreado; BP não confirma

Diversos peixes apareceram mortos nas praias da costa da Louisiana depois do derramamento de óleo da plataforma da BP; <b>veja mais imagens</b> - Win McNamee/Getty Images/AFP
Diversos peixes apareceram mortos nas praias da costa da Louisiana depois do derramamento de óleo da plataforma da BP; <b>veja mais imagens</b> Imagem: Win McNamee/Getty Images/AFP

Do UOL Notícias*

Em São Paulo

27/05/2010 12h56

Barack Obama amplia proibição de perfurações de petróleo na costa

O comandante da Guarda Costeira dos Estados Unidos, Thad Allen, disse nesta quinta-feira (27) que a operação de fechamento do poço da British Petroleum está funcionando e, por enquanto, o vazamento de petróleo foi refreado. Tom Muller, um porta-voz da BP, no entanto, diz que os "esforços continuam".

Em declarações à emissora de rádio "WWL", Allen explicou que, pela primeira vez desde que a plataforma petrolífera da BP afundou no Golfo do México no dia 22 de abril, o óleo não está sendo lançado no mar.

A BP começou ontem (26) o procedimento para tentar fechar o vazamento injetando lodo e cimento, uma operação que nunca foi realizada a essa profundidade antes - o poço está 1,5 mil metros abaixo do nível do mar.

O procedimento, conhecido como "top kill" foi autorizado pela Guarda Litorânea ontem mesmo. A BP advertiu que demorará alguns dias em determinar se a operação finalmente irá funcionar.

No entanto, o comandante da Guarda Costeira já anunciou que o vazamento foi refreado. A dúvida é se o lodo e o cimento injetado serão capazes de conter a saída de petróleo e gás natural.

Se for assim, explicou à emissora, o poço poderia ser selado.

"O objetivo é injetar lodo suficiente no poço para frear a pressão de saída dos hidrocarbonetos, para então poder selar o poço com cimento", disse.

Vazamento é o pior da história dos EUA

O vazamento de petróleo no Golfo do México já é o pior na história dos Estados Unidos e superou o provocado pelo acidente do petroleiro Exxon Valdez no Alasca em 1989, que derramou mais de 40 milhões de litros de petróleo.

A afirmação foi feita hoje por Marcia McNutt, diretora do Serviço Geológico dos Estados Unidos, quem apontou que os cálculos preliminares assinalam que o poço aberto no Golfo já derramou entre 71 milhões e 147 milhões de litros de petróleo no mar desde o acidente em 20 de abril.

* Com as agências internacionais

Veja as imagens mais recentes da operação