UE pode restringir exploração de petróleo em alto-mar após vazamento no golfo do México
A União Europeia pode aprovar a proibição total de perfurações de petróleo em águas profundas depois do acidente com a plataforma “Deepwater Horizon”, controlada pela BP, no golfo do México, afirmou nesta quarta-feira (14), o comissário europeu de Energia, Guenther Oettinger.
Assista ao vazamento ao vivo
Oettinger se encontrou com executivos europeus do setor de petróleo hoje para discutir regras de perfuração e segurança. Segundo o comissário “uma moratória para nova perfurações pode ser uma boa ideia”, disse em uma entrevista após o encontro.
Ele anunciou também uma revisão das regras de segurança de perfuração e um limite de licenças para empresas baseado no dinheiro que elas têm para cobrir gastos de limpeza para um eventual acidente como o da BP.
EUA pedem perdão da dívida de afetados pelo óleo
-As autoridades de regulação bancária dos Estados Unidos pediram aos bancos atenção para a situação de seus clientes afetados pelas consequências da mancha de óleo, que se espalha no litoral do golfo do México. "As instituições financeiras estão estimuladas a trabalhar com seus clientes e examinar as medidas para assistir aos afetados", indicaram em comunicado comum os seis reguladores bancários, entre eles o Federal Reserve, o banco central dos EUA.
Nos Estados Unidos, o governo declarou uma moratória na perfuração em alto-mar para dar tempo a uma comissão para apurar as causas do vazamento de petróleo no golfo do México. Um tribunal federal, no entanto, suspendeu a proibição. O Executivo recorre da decisão. O vazamento é o maior desastre ambiental da história do país.
Testes interrompidos
O início dos testes com o novo dispositivo colocado pela BP ontem para tentar pôr um ponto final ao vazamento de petróleo no Golfo do México, previsto para ontem, foi adiado para pelo menos até hoje, anunciaram funcionários americanos da gestão de catástrofe.
O almirante Thad Allen, ex-comandante da guarda-costeira americana declarou ter tomado a decisão de retardar o teste após uma reunião com o secretário de energia Steven Chu e outros especialistas.
Kent Wells, vice-presidente de exploração e produção da BP, disse que os cientistas adiaram os testes para analisar mais os procedimentos e evitar "um teste que termine com um resultado inconclusivo".
* Com informações de agências internacionais
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