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Vivendo temporada de calor, Rússia tem 71 mortos por afogamento em 24h

Do UOL Notícias*<br>Em São Paulo

20/07/2010 07h42

Pelo menos 71 pessoas morreram afogadas em rios e tanques em toda a Rússia nas últimas 24 horas, no maior número de mortes em um só dia desde que começou a temporada de calor, informou o Ministério de Situações de Emergência.

"Em um dia aconteceram 85 incidentes em ambientes aquáticos na Rússia, com a morte de 71 pessoas e o resgate de outras 20 com vida. É o maior número de pessoas mortas em um dia desde que começou a temporada de calor deste ano", indicou um porta-voz ministerial à agência "RIA Novosti".

Na última semana, quase 300 pessoas morreram afogadas e outras 178 foram resgatadas na Rússia, que sofre a pior onda de calor em décadas.

Desde o início do mês, 688 pessoas morreram em ambientes aquáticos em todo o país, todos lotados devido às altíssimas temperaturas.

"Quase 2.500 pessoas morreram desde o início deste ano em incidentes na água em toda Rússia, 1.244 delas só em julho", acrescentou.

A onda de calor que castiga a Rússia é sentida em Moscou, com temperaturas que se aproximam do recorde da máxima absoluta, de 36,5ºC, registrada em 1936.

Ar-condicionado

Os taxistas de Moscou aproveitam a onda de calor para cobrar dos clientes um suplemento pelo uso do ar-condicionado.

A forma de cobrança é variada: por tempo, desde 1 rublo (quase 3 centavos de euro) por minuto; por trajeto, suplementos de entre 100 e 200 rublos (entre 2,5 e 5 euros); ou por porcentagem da tarifa final, que pode ficar até 20% mais cara.

"O ar-condicionado custa 150 rublos (3,80 euros) por trajeto", disse à agência Efe a operadora de uma das grandes companhias de táxi da capital russa.

No entanto, este suplemento não é informado no site da empresa, que indica pagamentos adicionais de 150 rublos por veículo para fumantes, transporte de animais domésticos, serviço de mensagem ou cargas de grandes dimensões.

Outra companhia assinalou que, caso o cliente peça expressamente que o veículo tenha ar-condicionado, precisará pagar uma taxa adicional sobre a tarifa base.

No entanto, se não solicitar de antemão este serviço, mas se o motorista ligar o ar-condicionado por iniciativa própria durante o trajeto, o cliente não será obrigado a pagar um suplemento.

Segundo o diretor-executivo da União de Transportadoras de Moscou, Yuri Sveshnikov, os táxis equipados com ar-condicionado não estão regulados em nenhum código.

"A princípio, entendo os proprietários das empresas que cobram o uso do ar-condicionado, já que quando funciona, o veículo consome mais combustível. Por outro lado, esta despesa adicional é irrelevante: entre 1,5 e 2 litros por cada 100 quilômetros, no máximo 50 rublos (1,30 euro)", assinalou ao jornal "Komsomolskaya Pravda".

Para Sveshnikov, faria mais sentido incluir esta pequena soma à tarifa básica e apresentar o equipamento de ar-condicionado de seus carros como um valor agregado.

"Se seguirmos a lógica dos que aplicam um suplemento por ar-condicionado, no inverno deveria ser cobrado para acender a calefação", concluiu.

*Com informações da Agência EFE