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Após tour pela Índia, Obama chega à Indonésia para estreitar laços

O presidente americano Barack Obama e Michelle Obama desembarcam em Jacarta - Charles Dharapak/AP
O presidente americano Barack Obama e Michelle Obama desembarcam em Jacarta Imagem: Charles Dharapak/AP

Do UOL Notícias<br>Com agências internacionais

09/11/2010 10h01

Depois de um tour de três dias pela Índia, o presidente americano Barack Obama começa hoje a segunda etapa de sua viagem pela Ásia, na Indonésia, país onde viveu parte da infância.

Obama e a primeira dama dos EUA, Michelle Obama, desembarcaram no país nesta terça-feira (9) no aeroporto militar de Halim Perdanakusuma, nas proximidades de Jacarta, às 9H30 GMT (7H30 de Brasília).

A visita, que já havia sido adiada duas vezes, pode ser encurtada devido ao vulcão Merapi. O vulcão já provocou a morte de mais de 150 pessoas e obrigou companhias aéreas internacionais a cancelarem voos para a região.

"É possível que tenhamos que deixar a Indonésia algumas horas antes do previsto pelos riscos gerados pelas cinzas vulcânicas", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, a bordo do Air Force One.

Segundo o programa oficial, Obama deve ficar 20 horas em Jacarta, onde retorna pela primeira vez desde que viveu nesta cidade quatro anos de sua infância, de 1967 a 1971, depois de um novo casamento de sua mãe com um indonésio.

Além de encontros com o presidente e autoridades do país, Obama deve visitar nesta quarta-feira (10) a mesquita de Istiqlal, a maior do país. O governo indonésio preparou um forte esquema de segurança para esta visita, que incluirá 9 mil policiais.

O ponto forte da visita será um discurso à população, no qual, segundo o vice-conselheiro nacional de segurança da Casa Branca, Ben Rhodes, Obama "falará da aliança" criada com a Indonésia, "e também sobre a democracia, o desenvolvimento e nossa proximidade com as comunidades muçulmanas do mundo".

Na visita, Obama lançará um programa de cooperação com a Indonésia para "aprofundar e ampliar as relações em assuntos de segurança política, economia e relações entre os povos", disse o diretor para a Ásia do Conselho de Segurança Nacional, Jeff Bader.

Após o desembarque, Obama seguiu imediatamente para o palácio presidencial para um encontro o presidente da Indonésia Susilo Bambang Yudhoyono, que governa há cinco anos a terceira maior democracia (depois de Índia e Estados Unidos) e o maior país muçulmano do mundo.

Os dois devem assinar um "acordo global", negociado há mais de um ano, para reforçar a cooperação na área da segurança, um tema chave para os Estados Unidos pela situação estratégica da Indonésia. Mas o acordo também inclui temas econômicos, a luta contra o desmatamento e intercâmbios universitários.

Do ponto de vista econômico, a Indonésia vem ganhando destaque. Membro do G20 e maior economia do Sudeste Asiático, o país se mostrou resistente à crise internacional e tem atraído investidores por causa do seu grande mercado interno, dos seus recursos abundantes e da sua estabilidade política.

"Vemos na Indonésia a intersecção de muitos interesses norte-americanos importantes, e vemos esta parceria como muito importante para o futuro dos interesses norte-americanos na Ásia e no mundo", disse Ben Rhodes, assessor-adjunto de segurança nacional do governo Obama para comunicações estratégicas.

Depois de sua visita à Indonésia, Obama prosseguirá a viagem asiática na Coreia do Sul, onde  participar da reunião da cúpula do G20, formado pelos países mais ricos e os principais emergentes, e depois segue para o Japão, onde participará de uma reunião econômica da região Ásia-Pacífico.