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Epidemia de cólera no Haiti não vai adiar troca de tropas brasileiras

Militares brasileiros que integram a missão de paz da ONU, no Haiti - Marcello Casal Jr/ABr
Militares brasileiros que integram a missão de paz da ONU, no Haiti Imagem: Marcello Casal Jr/ABr

Andréia Martins

Do UOL Notícias<br>Em São Paulo

07/12/2010 07h00

A epidemia de cólera que atinge o Haiti não vai atrapalhar ou adiar a troca de tropas brasileiras no país, prevista para acontecer no início de 2011, de acordo com informações do Exército brasileiro.

Segundo o centro de comunicação do Exército informou ao UOL Notícias, as “medidas necessárias” para a troca “já estão em prática no Haiti”. “Os militares que estão partindo já têm ciência sobre o que fazer, através dos treinamentos realizados na preparação”.

Ainda de acordo com o Exército, “o Ministério da Defesa está providenciando a vacinação da tropa, tanto da que está no Haiti, como da que está indo para lá. Além disso, há constante atualização das informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde sobre novos procedimentos a serem adotados”.

Nesta segunda-feira (6), o Ministério da Saúde do Haiti divulgou que a epidemia já matou mais de 2.000 pessoas e quase 90 mil casos de pessoas infectadas já foram registrados no país desde meados de outubro

A troca das tropas brasileiras que estão atuando no Haiti acontece a cada seis meses e é feita de forma gradual, para que as operações “não sejam prejudicadas”.

A previsão é de que a troca dos soldados aconteça em duas etapas. A primeira com início no dia 20 de janeiro e encerramento em 17 de fevereiro, e outra troca entre o dia 17 de fevereiro e 6 de março de 2011. A nova tropa permanece no país por mais 6 meses.

De acordo com o Exército, a troca obedece a critérios “tais como, a data da chegada do militar ao Haiti, a necessidade do serviço, e o interesse pessoal do militar”.

As tropas brasileiras lideram a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) e estão no país desde março de 2004 e quase dois mil soldados brasileiros integram a Minustah, hoje com 9 mil homens.