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Hizbollah e aliados abandonam governo de coalizão do Líbano

Do UOL Notícias*

Em São Paulo

12/01/2011 13h43

Os dez ministros do Hizbollah e seus aliados apresentaram demissão ao governo de união de Saad Hariri, em meio à investigação sobre o assassinato do ex-primeiro-ministro Rafic Hariri, anunciou nesta quarta-feira um dos titulares.

Políticos libaneses disseram na terça-feira que a Síria e a Arábia Saudita foram incapazes de forjar um acordo político a respeito do tribunal da ONU que deve julgar os suspeitos pelo assassinato do ex-premiê Rafik al Hariri, pai do atual primeiro-ministro. O crime ocorreu em 2005.

Discordâncias sobre a investigação paralisaram o governo de coalizão e retomado temores de um conflito sectário no país.

Membros do Hizbollah devem ser indiciados pela morte de Rafik al Hariri, mas o grupo xiita nega qualquer envolvimento e diz que o tribunal da ONU é um "projeto israelense". Saad al Hariri, no entanto, resiste à pressão para rejeitar as conclusões do tribunal.

Hariri está nos EUA e, na hora prevista para a renúncia dos ministros, estava em reunião com o presidente norte-americano, Barack Obama.

O ministro cristão Gebran Bassil, aliado do Hizbollah, disse que Hariri rejeitou as exigências de convocar uma sessão de emergência do gabinete para discutir a hipótese, pleiteada pelo Hizbollah, de que o Líbano pare de cooperar com o tribunal especial.

"O período de graça terminou, e o estágio de espera que vivemos sem resultado terminou", disse ele à agência de notícias "Reuters".